Chegou ao Brasil a primeira remessa de aproximadamente 750 mil doses da vacina contra a dengue, que será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Este lote representa parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica Takeda sem custos para o Ministério da Saúde. Uma segunda remessa, contendo 570 mil doses, está prevista para entrega em fevereiro. Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu a quantidade total disponibilizada pelo fabricante para 2024, totalizando 5,2 milhões de doses, que, segundo as previsões da empresa, serão distribuídas ao longo do ano até novembro.
Diante da limitação na capacidade de produção de doses da vacina, estima-se que aproximadamente 3,2 milhões de pessoas serão vacinadas em 2024, considerando que o imunizante requer duas doses, com um intervalo mínimo de três meses.
A remessa recebida no último sábado passará pelo processo de liberação da Alfândega e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser encaminhada ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde solicitou prioridade nessas etapas, e a previsão é que todo o procedimento seja concluído ao longo da próxima semana.
Diante da capacidade restrita de produção do laboratório, o Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), definiu critérios para a distribuição das doses, seguindo as orientações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As vacinas serão destinadas a regiões de saúde que englobam municípios de grande porte com alta incidência de transmissão nos últimos dez anos e uma população residente igual ou superior a 100 mil habitantes, considerando também taxas elevadas nos últimos meses. Em 2024, o público-alvo serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que apresenta o maior número de hospitalizações por dengue, após pessoas idosas, para as quais a vacina não foi autorizada pela Anvisa. O esquema vacinal consiste em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.
O Ministério da Saúde informará nos próximos dias a lista de municípios contemplados e a estratégia de vacinação. A previsão é que as primeiras doses sejam administradas em fevereiro. O Brasil torna-se assim o primeiro país do mundo a disponibilizar essa vacina no sistema público universal, após sua incorporação rápida pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em dezembro de 2023.
Fonte: JTNEWS com informações da Agencia Gov