Em meio às tensões entre Venezuela e Guiana por disputa territorial, o Exército brasileiro antecipou o envio de um reforço de tropas e veículos militares nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, em Roraima.
A intensificação da segurança na fronteira foi uma medida anunciada pelo Ministério da Defesa, na última sexta-feira (1º). 16 viaturas blindadas e 12 jipes serão enviados para o norte de Roraima, com previsão de chegada em cerca de 20 dias.
Os veículos serão deslocados para compor uma nova Unidade Militar na capital do estado.
Em Roraima, a 1ª Brigada de Infantaria de Selva, que atualmente contém efetivo de quase dois mil militares, intensificou sua ação de presença na fronteira. O objetivo é atender à missão de vigilância e proteção do território nacional.
O Exército ainda afirma que, conforme sua missão Constitucional de Defesa da Pátria, vem mantendo, através de seu Sistema de Inteligência e de alertas, constante monitoramento e prontidão de seus efetivos para garantir a inviolabilidade das fronteiras brasileiras.
O planejamento da força militar inclui o aumento do número de militares na área, além de viaturas blindadas, as quais serão deslocadas do sul e do centro-oeste do país para Roraima.
Tensão na fronteira
O governo de Roraima informa que a faixa da fronteira é pouco habitada e possíveis movimentações dificilmente impactam a rotina do estado. A média de entrada de venezuelanos pela região é estável: de 500 a 750 por dia.
O governo do estado ainda afirma que vem, junto ao com o governo federal, monitorando a situação.
O exército diz que, do lado brasileiro, o movimento na fronteira tem sido normal.
O estado de Roraima concentrou o maior volume de solicitações de refúgio apreciadas pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), em 2022, com 41,6%. Quase 60% das solicitações apreciadas pelo Conare foram registradas nos estados que compõem a região norte do Brasil.
De acordo com Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), somente no ano de 2022, 50.355 mil imigrantes solicitaram refúgio no Brasil — um aumento de 74,16%, em apenas dois anos. Dessa porcentagem, 67% são venezuelanos.
Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil