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Yanomami: Comissão do CNS chega à Roraima para acompanhar a emergência sanitária

Estão previstos diversos encontros com indígenas e conselheiros. Os representantes do Conselho Nacional de Saúde vão monitorar a Terra Indígena durante quatro dias

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Comissão chega a Roraima para acompanhar emergência yanomami

O grupo de trabalho criado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) chegou esta semana a Roraima para se reunir com lideranças indígenas locais. A proposta é monitorar ações realizadas na Terra Indígena Yanomami em meio ao estado de emergência em saúde, decretado em janeiro em razão de grave crise sanitária. O grupo deve retornar a Brasília no sábado (20/5).

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Comissão chega a Roraima para acompanhar emergência yanomami

Nesta terça-feira (16), às 11h, está prevista uma coletiva de imprensa com os conselheiros nacionais de saúde coordenadores da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena do CNS, da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A partir das 14h, o grupo se reúne com lideranças yanomami.

Na quarta-feira (17), a agenda na capital Boa Vista inclui uma reunião com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE/Yanomami), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) e conselheiros estaduais e municipais de saúde.

Na quinta-feira (18) e na sexta-feira (19), o grupo de trabalho deve se reunir com representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, de trabalhadores de saúde indígena e de sindicatos. Também está prevista uma visita à Casa de Saúde Indígena (Casai).

“Desde 2020, o CNS tem se reunido com pesquisadores, acadêmicos, representantes do Ministério da Saúde, da Funai e do Ministério Público Federal (MPF) para denunciar a grave situação enfrentada pelos yanomami no território, onde lutam contra o avanço do garimpo ilegal, a contaminação por mercúrio, as ameaças de garimpeiros, a fome e a desnutrição”, informou o conselho, em nota.

“Também foram inúmeros os pedidos de socorro feitos pelos yanomami ao ex-presidente, todas ignoradas e não atendidas. O CNS ainda denunciou ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), aos poderes Legislativo e Judiciário brasileiro e a órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos o descaso e a omissão do governo anterior com esta população”, disse o conselho.

O grupo de trabalho tem a seguinte composição:

- Luiz Carlos Ferreira Penha, conselheiro nacional de saúde pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab);

- Vânia Leite, conselheira nacional de saúde pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);

- Roberto Marques, da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste;

- Esther Ferrer, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi);

- Eliene Rodrigues, da Associação Brasileira Rede Unida;

- Ana Lúcia Paduello, integrante da mesa diretora do CNS;

- Ana Carolina Dantas, secretária-executiva do CNS;

- Gustavo Cabral, secretário-executivo substituto do CNS.

Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil

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