Não, nós não estamos todos no mesmo barco
É por isso que temos que exercitar a solidariedadeA pandemia é mundial. Só não chegou, ainda, a umas poucas ilhas do Oceano Pacífico. Mas, dada a virulência com que se propaga, parece ser apenas questão de tempo para que até mesmo o local mais isolado do planeta seja infectado também.
Isso quer dizer que o mundo todo está no mesmo barco, certo? Não, é erradíssimo pensar assim. O mais correto é dizer que estamos em muitos barcos, navegando, porém, na mesma tempestade.
Pensemos em cada barco como nossa própria realidade. Cada indivíduo tem carga genética própria e reage ao Covid-19 também de maneira própria. Mas não é só essa diferença que influencia; quem tem casa com água na torneira, rede de esgoto, confortos domésticos, está muito mais protegido do que quem vive em áreas pobres, sem qualquer saneamento básico.
Da mesma forma, quem pode ficar na quarentena, com dinheiro na carteira e no banco, enfrentará essa tempestade de forma muito diferente daquele que, sem emprego, sem renda, precisa se arriscar diariamente em busca de um bico para tentar pagar o básico e sobreviver ao despejo ou à fome.
Não, não estamos no mesmo barco, apenas na mesma tempestade que, mesmo atingindo todos nós, castiga mais duramente aqueles que estão nos degraus mais baixos da pirâmide social.
E é por isso que precisamos exercitar a solidariedade no dia-a-dia, com ações que possam ajudar os menos favorecidos neste momento de crise.
Ações como avisar ao vizinho dos grupos de risco, como idosos ou pessoas com problemas de saúde, que irá o mercado ou à padaria e que poderá comprar o que precisarem, para reduzir a necessidade de que se locomovam a locais públicos onde o vírus possa circular.
Amigos médicos - e pessoal da saúde como um todo - vão precisar também de nossa ajuda para resolver as questões práticas cotidianas, uma vez que nas próximas semanas eles vão ser exigidos mais do que nunca.
As grandes redes de mercado estão recolhendo doações para serem distribuídas a grupos de assistência social. Por isso, ao passar pelo caixa, lembre-se de pegar alimentos básicos, como arroz ou feijão, que ficarão lá mesmo, para doação.
E na hora de comprar, se puder, dê preferência ao pequeno comércio local, como quitandas e mercadinhos de bairro. Você ajudará, assim, uma família a sustentar o pequeno negócio, que também gera emprego.
Da mesma forma, na hora de pedir comida pronta, ajudará empresários, muitos deles à frente de negócios familiares, a não fecharem as portas de vez.
Por fim, é tempo de duplicar os gestos de caridade. Se você já contribui mensalmente com organizações humanitárias, aumente a ajuda. Se frequenta uma igreja, entre em contato com a secretaria e veja como pode colaborar para diminuir o sofrimento dos necessitados.
A crise ainda está longe de terminar. Mesmo na maior potência do mundo, os Estados Unidos, a situação é crítica, com milhões de pessoas sem trabalho e com milhares de vítimas fatais. Como não há cura a curto prazo, temos que buscar os remédios que atenuem esse sofrimento coletivo. E o melhor desses remédios é a compaixão, que, agora, precisa se expressar na forma da caridade.
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