A Alegria e a Tristeza; por Brandão de Carvalho

Sempre tenhamos em mente que nem a alegria ou a tristeza fazem morada permanente nas nossas vidas, mas como o ladrão que ninguém espera, podem bater as nossas portas

Como convivermos com esses dois sentimentos totalmente paradoxais diante de nossa existência? Realmente, nossa vida é uma repetição quase sucessiva desses dois elementos.

Foto: Jacinto Teles/JTNEWSBrandão de Carvalho
Brandão de Carvalho

A alegria é a pujança de sentimentos altruísticos que toma conta de nossa alma. No conceito bíblico, a alegria é uma determinação do Ser Supremo para seu povo, ao contrário do entendimento terreno, não passando de opção de vida para conquistarmos o que há de melhor para suprir as nossas necessidades mais prementes, seja no aspecto espiritual ou na natureza material.

Nos evangelhos, sempre vemos repetir essa frase tão profunda: “alegrai-vos, regozijai-vos e exultai”. A alegria é um estado de viva satisfação, de júbilo, de prazer, que devemos sempre perquirir como uma meta primordial em nossa existência. É um estado de extrema satisfação, sentimento de contentamento ou de prazer excessivo, é em suma, a alegria de ser feliz.

Mas não podemos viver somente no estado da alegria, os momentos conturbados e as perdas nos esperam para roubarem as nossas alegrias, cedendo o lugar às tristezas. De um momento a outro, somos alvejados pelo negativismo, pela perda de nossos vínculos afetivos ou espirituais que nos tornam inertes para enfrentá-los nas provações mais díspares.

Sempre tenhamos em mente que nem a alegria ou a tristeza fazem morada permanente nas nossas vidas, mas como o ladrão que ninguém espera, podem bater as nossas portas.

Na revista de psicanálise clínica temos o conceito da tristeza como sendo "um estado de puro descontentamento com a vida. Todas as coisas perdem a cor, a textura e o magnetismo que possuía antes, em suma, é como se uma nuvem ficasse a frente de nossos olhos e bloqueasse qualquer estímulo de vida".

A tristeza integra as seis emoções básicas dos seres humanos, ao lado do medo, felicidade, repulsa, surpresa e raiva. Está triste significa uma baixíssima auto estima, com sentimento de solidão, culpa, cansaço, angústia e dor.

A tristeza quando nos tenta abater, e muitas das vezes nos abate, tem que ser enfrentada com altivez, firmeza de propósitos, reforçando o poder de nossa mente, elevando o nosso espírito a fim de não sermos defenestrados pelo poder do mal, vencendo as depressões e angústias reveladas. 

Em Sintomas Espirituais, Alexandre Solnado nos inspira o seguinte: “A tristeza e a alegria fazem parte dos opostos emocionais que todos nós experimentamos na terra. Uma é tão importante quanto a outra. Estas emoções são saudáveis pois são uma ajuda interna que permite ao Ser Humano redirecionar as suas escolhas, de modo a optar pelo que se sente feliz”.

O que vem a lume é que a tristeza poderá servir como um chamamento a fim de que possamos com essa situação aflitiva, pôr a prova a nossa força moral, a fé e também nossas convicções.

Fonte: JTNEWS

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