Alexandre de Moraes quebra sigilo de operação da PF

Na manhã desta sexta, (11), a Polícia Federal deflagou uma operação que tem com alvo militares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra do sigilo da operação da Polícia Federal realizada na manhã desta sexta-feira, que tem como alvo militares aliados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO – STFMinistro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (11/8) uma operação que tem como alvo militares ligados ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL)  Os militares são suspeitos de tentar vender ilegalmente jóias dadas ao governo por delegações estrangeiras. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ao todo são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Os mandatos são contra o general do Exército Mauro César Lourena Cid, que é pai de  Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, O próprio Mauro  Cid também é alvo da operação. Os mandatos também se estendem contra o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares.

A decisão de Alexandre de Moraes que determinou a operação é composta de 105 páginas. Nela, o ministra classifica a equipe de Bolsonaro que atuou na tentativa de venda das joias de “organização criminosa”.

“Com o avançar das investigações, destacou a autoridade policial que foram identificados, até o presente momento, cinco eixos principais de
atuação da referida organização criminosa: (a) ataques virtuais a opositores; (b) ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de
votação e à higidez do processo eleitoral; (c) tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; (d) ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia e; (e) uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens”, diz.

Segundo as investigações, mensagens identificadas em aplicativo de mensagem do celular do investigado Mauro Cida indicaram que ele “estaria levando consigo uma mala específica que deveria ter como destino a casa de seu pai, o General da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, na cidade de Miami, nos Estados Unidos”.

Fonte: JTNEWS com informações do Congresso em Foco

Comentários