A Estácio de Sá foi a primeira a desfilar pelo Grupo Especial nesse domingo (23) na Sapucaí no Rio de Janeiro, em seu retorno à elite do carnaval após quatro anos. A busca pelo segundo título foi cantando sobre o papel das pedras na história da humanidade, o que permitiu 'fazer uma viagem' por diferentes culturas brasileiras, inclusive pssando pela Serra da Capivara [berço do homem americano há mais 50 mil anos] em São Raimundo Nonato no inteior do Piauí.
A escola apostou em Rosa Magalhães, carnavalesca querendo seu nono título em 50 anos de avenida. Este foi o retorno após três carnavais pela Estácio nos anos 80.
Vários tipos de pedras coloriram o desfile, como o rubi do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira e alas representando diamantes. A última parte foi dedicada a corpos celestes com um carro enfeitado com uma lua gigante e alas dedicadas ao Sol e à Terra.
Campeã da Série A em 2019, a escola vermelha e branca foi um pouco além do clichê de apenas retratar pedras preciosas.
O carro abre-alas, por exemplo, mostrou desenhos rupestres e outras descobertas arqueológicas.Com ideia parecida, a comissão de frente retratou a evolução do homem, buscando inspiração no filme "2001 - Uma odisseia no Espaço", dirigido por Stanley Kubrick e lançado em 1968.
A escola nascida em 1928 desfilou com 26 alas, seis carros e 3200 componentes. Em várias partes, fez críticas à exploração de minerais e pedras preciosas, com caveiras douradas representando as mortes em busca das riquezas. Campeã da elite do carnaval do Rio, em 1992, a Estácio chegou a cair para a terceira divisão em 2004.
Agora, porém, a contratação de Rosa Magalhães pode dar à escola muito mais do que um lugar longe da zona de rebaixamento.
Fonte: G1 | Edição do JTNEWS