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YouTube exclui 11 vídeos do canal de Bolsonaro sobre cloroquina

Além do canal de Bolsonaro, outros canais políticos e de mídia brasileiros tiveram vídeos excluídos

Foto: REUTERS
Bolsonaro fez uma série de apelos públicos a favor do 'tratamento precoce' contra a COVID-19

O YouTube excluiu ao menos 11 vídeos do canal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na plataforma nesta quinta-feira (27/05). Todos os vídeos tinham no título ou na descrição menções à cloroquina e ao “tratamento precoce” contra a COVID-19.

Foto: Reuters/Diego Vara
cloroquina

Não existe comprovação científica conclusiva que qualquer desses medicamentos possam impedir a infecção do coronavírus ou desenvolvimento da COVID-19, assim como na diminuição dos sintomas da doença.

As exclusões foram levantadas pela Novelo Data, uma empresa de análise de dados, e checadas pelo Poder360. A mensagem exibida na tentativa de acessar os antigos links dos vídeos é a seguinte: “Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do YouTube“.

Entre os vídeos que não estão mais disponíveis estão duas lives realizadas por Bolsonaro em 2020. O presidente realiza toda 5ª feira uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

Além do canal de Bolsonaro, outros canais políticos e de mídia brasileiros tiveram vídeos excluídos. O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) teve um vídeo excluído de seu canal.

O conteúdo está inacessível, mas o título indicava uma entrevista com a médica Nise Yamaguchi. Ela defende a prescrição de cloroquina como forma de “tratamento precoce” contra a COVID-19 e estaria ligada ao “assessoramento paralelo” do presidente Jair Bolsonaro. A médica será ouvida na CPI (comissão parlamentar de inquérito) da COVID no Senado próximo dia 1º de junho.

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) também teve um vídeo deletado. O título implica que o congressista diz uma “tempestade de verdades” sobre vacinas contra a COVID-19 na publicação. As regras do YouTube também proíbe declarações sobre imunizantes que sejam contrárias “ao consenso de especialistas de autoridades locais de saúde ou da OMS [Organização Mundial da Saúde]”.

O ex-senador Magno Malta (PL-ES) também teve um vídeo excluído da plataforma. Nele, ele defendia a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, na ocasião da sua participação na CPI da COVID. A secretária é apelidada pela mídia como “Capitã Cloroquina“.

Foto: REUTERS
Bolsonaro fez uma série de apelos públicos a favor do 'tratamento precoce' contra a COVID-19

Além dos políticos, canais de notícias também tiveram vídeos excluídos. Ao menos um vídeo da Jovem Pan e um da CNN Brasil foram deletados. Ambos falavam sobre a COVID-19. O da CNN era uma entrevista em que Nise Yamaguchi afirmava que o uso da hidroxicloroquina por Bolsonaro “foi um benefício“.

Canais de mídia independentes alinhados a Bolsonaro também tiveram publicações excluídas no YouTube. São eles: Folha Política, Relevante News e Os Pingos nos Is.

Em abril, a plataforma atualizou as suas políticas de uso. A partir daquele momento foram proibidos conteúdos que incentivem o uso da hidroxicloroquina e da ivermectina para o tratamento ou prevenção da COVID-19. Caso os usuários recebam 3 alertas em 90 dias, o canal será excluído permanentemente do YouTube.

Fonte: JTNEWS com informações do Poder 360

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