Bolsonaro repudia agressões de Roberto Jefferson à Cármen Lúcia; fato ocorre somente após violento confronto com a PF

Os policiais haviam sido deslocados até à residência do agressor [que está em recolhimento domiciliar] para cumprir ordem de prisão em estabelecimento penal, por determinação do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, que, comitante exerce a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, em razão de violação às normas penais da prisão domiciliar, por ter assacado violentas agressões à ministra Cármen Lúcia do STF e do Tribunal Superior Eleitoral.

Foto: Presidência da República/Reprodução

Bolsonaro em um dos momento de 'afagos' ao aliado Roberto Jefferson, este que tem colecionado um "mar de truculências" contra instituições como: Poder Judiciário, ministros (as) do STF, Guarda Municipal e a PF, além da oposição ao governo

O que se sabe até o momento é que foram feridos dois policiais, sendo uma agente e um delegado da PF, por estilhaços de uma granada que teria sido lançada por Roberto Jefferson em reação à prisão que estava na iminência de ser efetivada.

Foto: Reprodução

Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegpou reiteradas violações de Roberto Jefferson que motivaram o seu recolhimento prisional

As informações veiculadas nacionalmente dão conta de que os policiais estão fora de perigo, e já tiveram alta de hospital da cidade do Rio de Janeiro onde encontravam-se em observação.

Breve análise do fato

O presidente e candidato, Jair Bolsonaro (PL), tem sido useiro e vezeiro em apoiar as ações truculentas do seu aliado Roberto Jefferson (PTB), estas que, não raras vezes têm sido comprovadamente praticadas em caráter criminoso. Tanto é verdade que tais ações já levaram o agrerssor [Roberto Jefferson] a ser preso algumas vezes, mediante decisão de autoridade judiciária competente.

Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro manifesta-se publicamente acerca das agressões de Roberto Jefferson à ministra Cármen Lúcia e à PF

Nesta semana o 'misógino' Roberto Jefferson, mais uma vez afastou-se dos limites da legalidade e da razoabilidade, quando de forma inaceitável e vil assacou seu ódio e suas misoginias contra a ministra Cármen Lúcia, comentando acerca do voto da magistrada no julgamento envolvendo o Grupo Jovem Pan.

O vídeo criminoso veiculou em centenas de grupos de mídias sociais de cunho político eleitoral, principalmente dos apoiadores do presidente Bolsonaro, que até o final da manhã deste domingo não se tinha notícia de que o candidato a reeleição houvesse repudiado as lamentáveis e covardes agressões à ministra Cármen Lúcia. 

A ministra do TSE agiu tão somente no exercício do direito-dever de magistrada na prestação jurisicional eleitoral, posicionando-se no caso concreto [pelo seu livre sentir, com limite na Constituição da República de 1988], pois, esse é o papel do magistrado ou da magistrada no exercício da judicatura, e, especialmente em respeito ao estado democrático de direito. 

Tendo as agressões levianas, assacadas por meio de vídeo pelo político Roberto Jefferson do PTB atacado violentamente a honra e a dignidade da ministra Cármen Lúcia, só agora chamado a atenção do candidato à reeleição Jair Bolsonaro para repudiar as atitudes do falastrão criminoso, o qual aliado de primeira hora do presidente da República, que outrora o apoiou publicamente. 

Jair Bosonaro não repudiou as aleivosias de Roberto Jefferson porque as incomodaram, tampuco porque se sensibilizou com a dor na dignidade e na alma da cidadã Cármen Lúcia Antunes, mas pelo fato de o Brasil está na iminência de escolher o seu próximo mandatário por Eleições livres realizadas em processo eleitoral incontestável, e em acirrada disputa por ele (Bolsonaro) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Ademais, sequer o candidato-presidente, Jair Bolsonaro se solidarizou com os policiais federais agredidos, e que, por pouco não foram mortos pelo criminoso contumaz Roberto Jefferson. Não esqueçamos que os policiais federais estavam no exercício profissional, cumprindo, óbvio, com suas obrigações institucionais.

Portanto, ele [Jair bolsonaro] optou agora por repudiar as atitudes criminosas do seu aliado, representante de um dos principais partidos de sua base para a reeleição, mais pela conjuntura política eleitoral, de que por ser cavalheiro em defesa da democracia e da cidadania, prática que jamais lhe tem sido peculiar.

Essa é a minha opinião, salvo melhor ou pior juízo.

Jacinto Teles Coutinho é advogado, jornalista, escritor e sertanejo nordestino.