Candidato à presidência da OAB/PI critica falta de representatividade e defende valorização da advocacia

Carlos Júnior ressaltou "Querem fazer festa, dando cerveja e carne, achando que jovem advogado está morrendo de fome"

Em um desabafo, o advogado e candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí (OAB/PI), Carlos Júnior, demonstrou insatisfação destacando que a classe dos advogados do estado está sendo desrespeitada, apesar de sua grandeza e importância. Segundo ele, o Piauí possui mais de 25 mil advogados, mas apenas menos de 20 desembargadores para representar o judiciário, o que é um reflexo da disparidade entre a advocacia e o poder judiciário estadual.

Foto: ReproduçãoAdvogado Carlos Júnior
Advogado e candidato à presidência da OAB/PI, Carlos Júnior

Carlos Júnior ressaltou que a OAB, muitas vezes, não tem cumprido seu papel de defender efetivamente os advogados e advogadas. "Se você desrespeitar a gente, a gente vai falar nos quatro cantos aí. Mas o que vejo é que querem usar a OAB para se locupletar, ou então só querem fazer festa na advocacia, dando cerveja e carne. Acham que os jovens advogados estão morrendo de fome, mas isso não funciona", afirmou o candidato, demonstrando frustração com o foco excessivo em eventos sociais, como festas, enquanto questões mais profundas e estruturais da profissão continuam sendo negligenciadas.

No entanto, Carlos Júnior reconheceu os avanços proporcionados pela atual gestão, especialmente na oferta de cursos, destacando que a OAB/PI foi uma das que mais promoveu esse tipo de capacitação para seus membros. "Curso é maravilhoso, acho que essa OAB foi a que mais deu curso. E curso não é ruim, não. Mas só isso não funciona", criticou. Para ele, as necessidades dos advogados não podem ser resolvidas apenas com cursos, mas sim com ações concretas que envolvam a defesa real da classe.

O candidato destacou que, para preencher as lacunas da advocacia piauiense, é necessário que a OAB seja liderada por alguém com moral e coragem para enfrentar os desafios e as demandas dos advogados. "Tem que ter alguém que viva a advocacia, que dependa dela, que entenda as necessidades do advogado no dia a dia", afirmou, enfatizando que quem não vive a realidade da profissão não pode saber como agir em defesa da categoria. Seu discurso reflete uma demanda crescente por mudanças e maior comprometimento da Ordem com a melhoria das condições de trabalho dos advogados e advogadas no Piauí.

Fonte: JTNEWS

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