CoronaVac apresenta eficácia em idosos, mas em níveis abaixo do esperado

Foi observado que adultos desenvolvem mais anticorpos e que a substância não gerou efeitos colaterais, os resultados completos ainda devem ser divulgados

A vacina chinesa contra a COVID-19 desenvolveu anticorpos em mais de 90% dos idosos participantes de um estudo, mas o nível ficou um pouco abaixo do observado em pessoas abaixo dos 60 anos. A informação foi divulgada nessa segunda-feira (7), pela Reuters (em inglês).

Foto: Dado Ruvic/ReutersEstudo de vacina contra o Coronavírus
Estudo de vacina contra o Coronavírus

A substância foi desenvolvida pela empresa biofarmacêutica Sinovach e não causou efeitos colaterais graves, de acordo com os resultados preliminares. Participaram 421 pessoas com pelo menos 60 anos. Os resultados completos ainda não foram divulgados.

Pessoas acima de 60 anos são a maior parte das vítimas do novo Coronavírus. O sistema imunológico de idosos em geral reage menos à vacinas, o que levantou dúvidas no meio acadêmico se as substâncias experimentais seriam seguras para o grupo.

A CoronaVac, como também é chamada, começou começou a ser testada no Brasil em 20 de julho em 9 mil profissionais de saúde. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que deve disponibilizar 45 milhões de doses em dezembro.

A CoronaVac é uma das vacinas em fase mais adiantada de testes, junto com a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford. A primeira e a segunda etapa de testes ocorreram na China, com cerca de 1.000 voluntários.

A vacina contém fragmentos do vírus inativo. A proposta é que o sistema imunológico passe a produzir anticorpos contra o agente causador da COVID-19 assim que a vacina seja aplicada.

A Sinovac expôs a vacina em uma feira comercial que começou na sexta-feira (4) e vai até dia 9 deste mês. Também de acordo com a agência Reuters, a Turquia e Bangladesh decidiram se juntar ao Brasil e Indonésia e realizar testes em massa da CoronaVac.

O vídeo abaixo (em inglês) apresenta imagens de duas vacinas desenvolvidas na China: a da Sinovac e a da CNBG (China National Biotec Group Company).

Fonte: Poder360

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