Crime organizado promete e cumpre: mais um Policial Penal é morto à bala no Pará, dentro de sua própria residência
O Estado continua ineficiente no combate aos atentados contra policiais penais; esta semana a Administração Penitenciária chegou a prever os ataques, mas não consegue agir antecipadamenteNa noite deste sábado (10/07) foi covardemente asssassinado o agente prisional [contratado temporariamente], Wellington Cláudio Lima Coimbra, no Grajaú em Ananindeua, região metropolitana de Belém do Pará. Wellington tinha 38 anos, deixa esposa e filhos.
O "crime organizado" continua atacando covardemente os policiais penais do Pará. E o que é pior, o Estado continua ineficiente no combate a esses assassinatos que sempre ocorrem de forma vil e nas "barbas das autoridades" da Segurança Pública, sem que estas consigam fazer absolutamente nada para cessar tal absurdo.
Bandidos a mando de facção criminosa que atua fortemente no Pará, chegaram de moto e invadiram a casa do policial penal, e o assassinaram com diversos tiros, o crime ocorreu perante sua família, segundo informações que chegaram ao JTNEWS, e ainda levaram a arma do policial, provavelmente uma pistola .40 de propriedade do Estado do Pará.
Tudo leva a crer que os delinquentes vinham seguindo o carro do policial penal, pois ele havia passado no CTC há menos de uma hora [seu local de trabalho anterior, pois havia sido transferido] e passou no local para pegar seus pertences em razão da remoção para outro local de trabalho.
O governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária, há 3 dias alertou aos servidores da Polícia Penal acerca de possíveis ataques do crime organizado, e, ainda disse no comunicado de alerta: [...] evitem se colocar em situação de vulnerabilidade e risco. Parece que o governo do Pará esquece que grande parte desses atentados ocorre nas residências ou no momento que os policiais estão chegando em suas casas.
Entidade de Defesa das Prerrogativas dos Policiais Penais do Brasil cobra providências do governador Helder Barbalho (MDB)
A Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN-BRASIL), está cobrando do governador do Estado Helder Barbalho um Plano de Segurança e proteção à vida dos Policiais Penais, pois aproximadamente 20 atentados com 11 assassinatos de policiais penais já foram registrados nos últimos 9 meses, ou seja, em menos de um ano; e até o momento os policiais penais paraenses não receberam um plano eficaz do Estado que possa prevenir e impedir a matança de policiais penais no estado do Norte do País.
O JTNEWS ouviu nesta noite um agente de segurança da Polícia Penal do Pará, que preferiu não se identificar, em razão do assédio moral que vem sofrendo a categoria policial penal, por parte dos representantes do governo estadual na SEAP-PA, disse em tom de revolta: "a violência não vem somente do crime organizado, ela vem também de uma Corregedoria Penitenciária [com pleno aval do titular da SEAP-PA], que vem impondo assédio moral aos policiais penais por qualquer declaração que esses profissionais prestam, inclusive no pleno exercício de seus direitos de manifestação e de expressão, chegam a afastar dezenas e dezenas de colegas em processo administrativo apenas porque manifestam-se no exercício do direito constitucional mais elementar, como o de reivindicar seu próprio direito à vida", desabafou o policial penal, que disse claramente que não está assustado somente com os bandidos, mas com a própria instituição que não cansa de perseguir os profissionais que dão suas vidas em prol da segurança da sociedade.
Na manhã deste domingo a Secretaria de Administração Penitenciária emitiu Nota de Pesar pelo assassinato de Wellington Coimbra. Confira o inteiro teor da Nota.
Em tempo
Frise-se que vários policiais penais já foram assassinados no Pará, e outros ameaçados, bem como agentes prisionais temporários, que, quer queiram ou não estes também estão investidos do poder do Estado.
Obviamente que o Governo do Pará está substituindo-os por policiais penais concursados, como determina a Constituição da República de 1988, nos termos do art. 37. E quando o criminoso ataca ele não pede identidade pra saber quem é concursado ou contratado não. Isso é fato!
ERRATA: o texto foi atualizado
A pistola que estava de posse da vítima, cujo nome completo é Wellington Cláudio Lima Coimbra, segundo informações que chegaram posteriormente à veiculação da notícia, seria de propriedade particular e não do Estado.
Fonte: JTNEWS
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