Decisão sobre meta de inflação “dissipa incertezas”, diz presidente da Febraban
Isaac Sidney, presidente da instituição, elogia decisão de tornar a meta de inflação contínua, que, segundo ele, “traz mais flexibilidade”A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de que a meta de inflação para 2026 será de 3% e que, a partir de 2025, ela será contínua, e não mais seguirá o ano-calendário, é “positiva” e dá segurança à política monetária. A avaliação é do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney.
“Essa decisão do CMN dissipa incertezas que são sempre prejudiciais na condução da política monetária. Também se mostrou meritória a mudança na forma de apuração da meta de inflação, que passa a ser contínua e não com aferição no ano calendário”, elogiou Sidney, em nota.
Segundo o presidente da Febraban, a mudança para uma meta contínua de inflação “alinha o nosso modelo à prática da quase totalidade dos demais países que adotam essa sistemática, em especial os desenvolvidos e os nossos pares emergentes”.
“A sistemática contínua traz mais flexibilidade para a condução da política monetária, pois permite ao Banco Central perseguir a meta de inflação num horizonte de longo prazo, evitando ou minimizando o impacto de uma eventual elevação dos juros sobre a atividade econômica no curto prazo”, afirma Sidney.
Ainda segundo a Febraban, com a nova sistemática, “o CMN confere ao regulador mais segurança para a condução da política monetária sempre numa perspectiva de longo prazo, buscando a meta de inflação com o menor impacto possível sobre a atividade econômica”.
Meta contínua
O Brasill adota um fomato de meta definido como “ano-calendário”. Ou seja, o CMN estabelece um patamar para a inflação em determinado ano. Em 2023, por exemplo, ele é de 3,25%. O Banco Central (BC) tem de cumpri-la. Caso não consiga, é obrigado a justificar o porquê do fiasco por meio de uma carta enviada ao Congressso.
A meta contínua, que será adotada a partir de 2025, não fica limitada ao período de um ano. Ela poderá ser adotada em um “horizonte relevante”, como dizem os técnicos, para a política monetária – de 18 meses, por exemplo –, para que o BC consiga levar a taxa de inflação para o patamar desejado.
Um decreto a ser assinado pelo presidente da República vai estabelecer como funciona a meta contínua e disciplinar os detalhes do novo regime.
Fonte: JTNEWS com informações do Metropoles
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