Depoimento de Mauro Cid foi “providencial” para prisão de Braga Netto

Segundo apurou a CNN, o ex-ministro vinha pressionando possíveis delatores do plano de golpe

O depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria sido “providencial” para a prisão do ex-ministro Walter Braga Netto neste sábado (14).

Foto: Reprodução / Agência BrasilWalter Braga Netto
Walter Braga Netto

O militar foi ouvido duas vezes nos últimos dois meses. Em 21 de novembro e em 5 de dezembro. Segundo apurou a CNN, o ex-ministro vinha pressionando possíveis delatores do plano de golpe.

Nas duas ocasiões, Cid deu detalhes sobre a atuação de Braga Netto na suposta trama golpista que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geral Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

os detalhes fornecidos no depoimento sobre a participação de Braga Netto contribuíram para que Mauro Cid mantivesse os benefícios da delação premiada.

Na audiência realizada em novembro, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro respondeu a todos os questionamentos feitos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. No depoimento, Cid teria dito que houve uma reunião na casa de Braga Netto para tratar da tentativa de golpe.

De acordo com a PF, Braga Netto pressionou os comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) para aderirem ao golpe de Estado após as eleições. O general Freire Gomes, do Exército, e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, da FAB, foram alvos de ataques pessoais por uma milícia digital promovida pelo ex-ministro de Bolsonaro

À época, Freire Gomes e Baptista Júnior se recusaram a participar do plano de tentativa de golpe. Em depoimento à PF, o tenente-brigadeiro da FAB disse que Freire Gomes teria afirmado que prenderia Bolsonaro caso o então presidente decretasse uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para se manter na presidência.

Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil

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