Escândalo de espionagem na Abin: PF apreende computador de Carlos Bolsonaro em operação contra espionagem ilegal

A investigação revela um possível esquema de espionagem que utilizava técnicas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

A Polícia Federal (PF) apreendeu um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um endereço vinculado ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A operação, denominada "Vigilância Aproximada", é um desdobramento de uma ação anterior da PF que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal dentro da Abin durante o governo Bolsonaro.

Foto: Sergio Lima/AFPO vereador Carlos Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro.

Nesta segunda-feira (29/1), policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em vários endereços ligados a Carlos Bolsonaro, incluindo sua residência e gabinete na Câmara do Rio de Janeiro, além da casa de praia da família em Angra dos Reis. A ação visa identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin, por meio de ações clandestinas.

Os alvos desta fase da operação incluem Carlos Bolsonaro e pessoas ligadas a ele, como a assessora Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, a assessora de Alexandre Ramagem, Priscila Pereira e Silva, e o militar do Exército cedido para a Abin na gestão de Ramagem, Giancarlo Gomes Rodrigues.

A investigação revela um possível esquema de espionagem que utilizava técnicas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. As ações eram realizadas sem controle judicial ou do Ministério Público, levantando sérias questões sobre a legalidade e ética das práticas dentro da Agência Brasileira de Inteligência.

A PF informou em nota que a operação busca avançar no núcleo político do esquema, identificando os principais destinatários das informações produzidas ilegalmente pela Abin. Os investigados podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial.

Fonte: JTNEWS com informações de Metrópoles

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