Estudante baleado no Colégio CPI está com projétil alojado na coluna cervical

Equipe médica aguarda realização de uma angiotomografia, a fim de avaliar a extensão do dano.

O adolescente J. L. C., de 16 anos, baleado pela ex-namorada dentro do Colégio CPI, no Centro de Teresina, segue internado em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O disparo, feito com uma pistola 9mm, atingiu a região do rosto e deixou o projétil alojado na coluna cervical do jovem. A família informou que ele aguarda estabilização para passar por uma cirurgia destinada à remoção do projétil.

Foto: Reprodução / GP1Colégio CPI
Colégio CPI

De acordo com informações médicas, o quadro de saúde do estudante permaneceu estável durante a noite. Ele está sob efeito de sedativos e, até o momento, não apresentou febre. Uma angiotomografia será realizada para avaliar a extensão do dano causado pelo disparo.

O pai da adolescente é policial militar, lotado no 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM). Segundo o comandante da PM, Coronel Scheiwann Lopes, a arma usada no crime não pertence às forças de segurança, mas é uma pistola particular do pai da jovem. O policial afirmou que nunca ensinou a filha a manusear armas de fogo.

Por envolver um militar, a Corregedoria da Polícia Militar acompanhará as investigações. "A apuração interna será feita para entender como a adolescente teve acesso ao armamento e se houve falha na guarda da arma", destacou o comandante.

Antes do crime, mensagens atribuídas ao adolescente baleado indicam que o relacionamento terminou de forma tumultuada, com relatos de agressões físicas por parte da jovem. Na véspera do ataque, a adolescente foi até a residência do ex-namorado e teria ameaçado matá-lo caso ele não retomasse o relacionamento.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí, sob a coordenação do delegado Tales Gomes, da Diretoria de Operações Especiais (DEOP). "Todos os detalhes, incluindo a dinâmica do crime e as circunstâncias que levaram à posse da arma, serão apurados", informou o delegado.

A direção do Colégio CPI lamentou o ocorrido e informou que está colaborando com as autoridades policiais. A instituição reforçou que medidas de segurança interna serão revisadas para evitar novos incidentes.

O caso chocou a comunidade escolar e trouxe à tona questões relacionadas ao acesso de menores a armas de fogo e a violência dentro do ambiente escolar.

Fonte: JTNEWS

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