'Eu matei ele, ele merecia morrer', disse aluna do CPI após atirar no namorado

No dia anterior ao incidente, a jovem teria feito ameaças aos pais do rapaz, afirmando que o mataria caso ele terminasse o namoro.

A jovem que atirou em seu ex-namorado no Colégio CPI em Teresina, após um desentendimento relacionado ao término do namoro, deixou a escola e se dirigiu até uma farmácia próxima, onde, de maneira fria, confessou o crime a um funcionário. “Ela chegou dizendo: ‘Acabei de matar um amigo meu do colégio. Chame a polícia’”, relatou o delegado Tales Gomes. O funcionário aconselhou a adolescente a informar alguém da escola, mas ela reiterou sua confissão e deixou o local.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Tales Gomes
Delegado Tales Gomes

A estudante foi localizada e contida por funcionários da escola e populares nas proximidades do 25º Batalhão de Polícia Militar, antes de ser apreendida pela polícia. Durante o interrogatório, a jovem permaneceu em silêncio, recusando-se a colaborar com as investigações.

Segundo apuração inicial, o crime teria sido motivado por um relacionamento conturbado entre os dois adolescentes. No dia anterior ao incidente, a jovem teria feito ameaças aos pais do rapaz, afirmando que o mataria caso ele terminasse o namoro. Além disso, o estudante apresentava escoriações, que podem ter sido resultado de brigas entre eles.

“Os pais do rapaz informaram à escola sobre as ameaças feitas pela adolescente. Infelizmente, o pior aconteceu antes que as medidas preventivas fossem tomadas”, disse o delegado.

A arma utilizada no crime, uma pistola calibre 9mm, pertence ao pai da adolescente, que é policial militar. A polícia investiga se a pistola era de uso particular ou da corporação, visto que é um item de uso restrito. Além da arma, a perícia também encontrou uma faca do tipo peixeira na mochila da jovem, junto com roupas e outros itens pessoais.

“Precisamos confirmar como a adolescente teve acesso à arma e analisar a responsabilidade do policial militar nesse contexto”, explicou o delegado.

A investigação prosseguirá com a análise das imagens das câmeras de segurança do colégio e depoimentos de testemunhas, incluindo funcionários da escola e o atendente da farmácia. A adolescente será encaminhada ao sistema de atendimento a menores infratores.

Fonte: JTNEWS

Comentários