Flávio Dino diz que, caso diálogo se esgote, retirada de Bolsonaristas do QG do Exército será “compulsória”

“Nós temos uma segunda possibilidade, apenas esgotada a primeira, que é a do diálogo, haverá a segunda, que é uma desocupação compulsória..." disse Flávio Dino

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, na tarde de

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasiFlávio Dino
Flávio Dino promete retirada compulsória de Bolsonaristas em frente ao QG do Exército, caso não saiam voluntariamente

sta terça-feira (27/12), que há conversas entre integrantes do atual e do novo governo para que, “esgotadas” as expectativas de diálogo com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que estão acampados em frente à Base Administrativa do Quartel-General do Exército, em Brasília, haja uma “retirada compulsória”, ou seja, obrigatória.

Segundo o ex-governador do Maranhão, o novo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o Governo do Distrito Federal fazem um esforço conjunto para que os manifestantes deixem “voluntariamente” o local.

“Temos uma linha de diálogo, que é conduzida pelo Governo do Distrito Federal e pelo ministro Múcio, que lidera esse trabalho e é a área dele. E há, progressivamente, passos que estão sendo dados a partir do convencimento, das próprias Forças Armadas, que aquilo ali constitui um risco às próprias instalações militares”, explicou Dino, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do Gabinete de Transição, sobre a primeira linha de condução.

O futuro ministro ainda enfatizou acreditar que, até a próxima quinta-feira (29/12), o espaço militar, que fica localizado a poucos metros do centro de capital federal, onde será realizada a cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já estará desocupado.

“Desocupação compulsória”

“Eu acredito firmemente que, a partir dos relatos que tivemos, a partir de quinta-feira, essa desocupação em Brasília vai acontecer. Depois desse prazo, todos os cenários vão ser examinados”, afirmou Dino. Caso o cenário vislumbrado não se concretize, uma segunda possibilidade será colocada em prática.

“Nós temos uma segunda possibilidade, apenas esgotada a primeira, que é a do diálogo, haverá a segunda, que é uma desocupação compulsória. Todas as indicações vão no sentido de que haverá a desocupação voluntária nos próximos dias. Por isso, vamos esperar esse cenário se concretizar para, aí, decidir na quinta-feira o que faremos”, explicou.

Fonte: JTNEWS com informações do Metropoles

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