Governo da Argentina não pagará dívida com o FMI até o país sair da recessão

A Argentina precisa reestruturar US$ 100 bilhões, incluindo parte dos US$ 57 bilhões emprestados ao país pelo FMI.

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou no último sábado (8) que o governo não vai pagar sua dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) até o país sair da recessão. Afirmação foi feita na Feira internacional do Livro, em Havana, durante apresentação do seu livro “Sinceramente”.

Foto: Divulgação/Ministerio de Cultura de la Nácion ArgentinaCristina Kirchner fala sobre dívida com o FMI durante lançamento do seu livro em Cuba.
Cristina Kirchner falou sobre dívida com o FMI durante lançamento do seu livro em Cuba.

“A 1ª coisa que temos que fazer para poder pagar é sair da recessão. Se há uma recessão, ninguém vai pagar sequer meio centavo e a forma de sair da recessão é por meio de muito investimento estatal”, disse Kirchner.

A Argentina precisa reestruturar US$ 100 bilhões (equivalente a R$ 432 bilhões) em dívidas soberanas com credores, incluindo parte dos US$ 57 bilhões emprestado ao país pelo FMI em 2018.

O acordo com o FMI é essencial na tentativa de o país evitar um calote em meio a crise cambial, alta inflação e economia em contramão. Na próxima semana uma missão técnica deve chegar a Buenos Aires para discutir as obrigações da Argentina com o fundo.

Segundo Cristina Kirchner, a Argentina deve ter um “corte substancial” da dívida com o FMI.

Fonte: Portal Poder360

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