Idosa é vítima de golpe de R$ 80 Mil aplicado pelo próprio filho em Teresina
Ao questionar o filho, este não fornecia explicações satisfatórias. Confrontado pela mãe, o filho deixou de atendê-la e fugiu para o estado do Pará.Uma idosa de 80 anos procurou a Defensoria Pública do Estado do Piauí na última semana, relatando ter sido vítima de um golpe aplicado pelo próprio filho, que resultou em um prejuízo de aproximadamente R$ 80 mil. A Defensora Pública, Sara Melo, que está à frente do caso, forneceu detalhes sobre a fraude e as medidas legais que estão sendo tomadas.
![Defensora Pública, Sara Melo](/media/image_bank/2024/6/defensora-publica-sara-melo.jpg)
A idosa, que não teve sua identidade revelada, confiava plenamente no filho, que tinha acesso ao seu cartão bancário e possuía procuração para atuar em seu nome. De acordo com Sara Melo, o filho usou essa confiança para realizar transferências da conta bancária da mãe para a sua própria conta e contrair vários empréstimos consignados em nome dela.
“Recebemos uma idosa que relatou ter sofrido violência patrimonial por parte do filho, alguém de sua extrema confiança. Ele tinha posse do cartão bancário dela e usou essa vantagem para transferir economias e contrair empréstimos, aproveitando-se da procuração que tinha”, explicou a defensora pública.
A situação começou a ser descoberta quando a idosa percebeu descontos incomuns em sua aposentadoria. Ao questionar o filho, este não fornecia explicações satisfatórias. Desconfiada, a idosa procurou ajuda de outra filha e juntas foram a uma agência bancária, onde descobriram a série de empréstimos consignados e transferências realizadas pelo filho. Confrontado pela mãe, o filho deixou de atendê-la e fugiu para o estado do Pará.
![Idosa](/media/image_bank/2019/11/idosa.jpg)
A busca pela restituição dos valores revelou-se complexa. Segundo Sara Melo, a Defensoria Pública não conseguiu reverter os descontos bancários dos empréstimos, já que foram feitos de forma legal, com a procuração vigente. A única alternativa foi ingressar com uma ação judicial por danos materiais e morais contra o filho. "A idosa procurou a Defensoria para tentar bloquear ou excluir os descontos dos empréstimos, mas isso não foi possível. Entramos com uma ação por danos materiais e morais contra o filho, que agora está no Pará, dificultando ainda mais o processo," explicou Sara Melo.
O caso está em andamento, e a defensora pública destacou a dificuldade em localizar o filho no Pará para que ele responda judicialmente. A situação serve de alerta para a vulnerabilidade dos idosos em casos de violência patrimonial, ressaltando a importância de medidas de proteção e apoio legal.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1
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