Itália fecha escolas e universidades como medida preventiva diante de avanço do Covid-19
A medida já estava em vigor há 13 dias nas províncias de Emilia Romagna, Lombardia e Vêneto e acabou sendo ampliada para todo o paísO governo italiano decidiu nesta quarta (4) fechar todas as escolas e universidades do país até o dia 15 de março para conter a propagação do coronavírus, anunciou o primeiro-ministro Giuseppe Conte. Essas medidas deverão abranger todo o território nacional e não mais uma área limitada do norte do país, onde a maioria dos casos está concentrada.

A Itália é o quarto país mais afetado no mundo, depois da China, da Coreia do Sul e do Irã, e registrou 107 mortes por coronavírus e mais de 3.000 casos de pessoas infectadas.
Segundo a imprensa italiana, o projeto de decreto recomenda uma distância de segurança entre as pessoas, evitar apertos de mão e beijos e partidas de futebol sem público. O governo também anunciou que os eventos esportivos na Itália terão portões fechados para o público até o dia 3 de abril.
Todas as pessoas com mais de 75 anos serão aconselhadas a ficar em casa e a não ir a locais públicos. Esse conselho é estendido a pessoas com mais de 65 anos com problemas de saúde preexistentes.
A economia italiana, já anêmica, tem sido afetada pela epidemia, em particular o setor do turismo, que representa 13% do PIB. A associação profissional Confturismo-Confcommercio (turismo e comércio) prevê, assim, 31,6 milhões a menos de turistas no período de 1º de março a 31 de maio, representando uma perda de 7,4 bilhões de euros.
A Bolsa de Valores de Milão registrava uma recuperação clara esta manhã, após várias sessões de queda.
Histórico
A crise do coronavírus foi deflagrada na Itália no dia 20 de fevereiro, quando foi confirmado o primeiro caso de contaminação interna, na cidade de Codogno (60 km de Milão), na região da Lombardia.

A partir dele, foram contaminadas dezenas de pessoas, incluindo a própria mulher, grávida de oito meses, um amigo, médicos, enfermeiros e outros pacientes do hospital de Codogno. Sua situação é considerada grave, mas estável.
No entanto, é muito provável que o vírus estivesse circulando no norte do país pelo menos desde a metade de janeiro, sem que tenha sido detectado pelo sistema de saúde, segundo o médico Massimo Galli, 68, diretor do departamento de doenças infecciosas do hospital Luigi Sacco e professor da Universidade de Milão. “Penso que a penetração do vírus na chamada ‘zona vermelha’ do Lodigiano remonta a janeiro. Não posso ainda dizer se foi antes disso, mas não excluo essa hipótese”, afirmou à Folha.
A área de Codogno está em regime de isolamento. O ministro da Saúde e o governador da Lombardia divulgaram na sexta-feira passada um comunicado pedindo, entre outras medidas, a suspensão obrigatória de atividades em escolas, empresas e comércio sem utilidade pública, além de eventos coletivos como festas, missas e competições esportivas.
A medida afeta também as cidades de Castiglione d'Adda, Casalpusterlengo, Fombio, Maleo, Somaglia, Bertonico, Terranova dei Passerini, Castelgerundo e San Fiorano. São cerca de 50 mil pessoas residentes nesses locais.
Em seguida ao comunicado das autoridades sanitárias, a Trenord, que opera os trens da região da Lombardia, anunciou que as composições não vão parar nas estações dessas cidades, que também estão com as bilheterias fechadas.
Também em consequência dos casos de covid-19, as autoridades esportivas italianas decidiram adiar três jogos programados para domingo (23) pelo campeonato de futebol da primeira divisão. Por essa decisão, as partidas entre Inter e Sampdoria, Atalanta e Bergamo e Verona e Cagliari serão disputadas numa data posterior ainda não definida.
Fonte: Folha de S. Paulo
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