Mãe, batalhadora e militante da luta social pede ajuda para custear cadeira especial para seu filho
Gilmara Costa, presidente da Associação Piauiense pelos Direitos Iguais (APIDI), está necessitando de ajuda para adquirir uma nova cadeira de rodas [numa modalidade especial] para Edson NetoA lutadora, mãe determinada, militante de defesa social, a teresinense Gilmara Costa, conselheira do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e presidente da Associação Piauiense pelos Direitos Iguais (APIDI), está precisando de ajuda para comprar uma nova cadeira de rodas para o filho, Francisco Edson do Nascimento Neto, de 19 anos.
Um acidente acabou destruindo a cadeira que ele usava e amassando o seu triciclo adaptado, comprado por meio de doações de amigos e da família. O valor pode ser considerado caro, porém quando se observa a grandeza da sua serventia, o seu valor financeiro [algo em torno de R$ 8 mil] pode ser muito ínfimo pelo alcance que tem de levar a felicidade indispensável ao Francisco Neto, filho da dona Gilmara.
Neto, como é carinhosamente chamado pela mãe, tem 32 parafusos na coluna, paralisia cerebral, disfagia grave, se alimenta por meio de sonda e nunca caminhou. No último dia 28 de novembro, Gilmara o preparava para seu passeio de rotina, quando sua filha mais nova, de 11 anos, disse que ia aprender a dirigir a caminhonete Triton 2014 da família, que estava na garagem da residência.
Gilmara afirma que proibiu a menina de tentar dirigir o carro e voltou sua atenção para Francisco Edson. Ela havia acabado de colocar o rapaz no triciclo quando o carro se arrastou para cima dos dois; ela lembra que passou "um filme" em sua mente porque jamais acreditou que sua filhota estava falando "sério", mas, mesmo assim a repreendeu naquele momento.
"Eu só escutei o carro acelerando e as coisas se arrastando para cima da gente. Tinha um pula-pula aqui e uma mesa de carretel. Ela colocou a primeira e o carro engatado e o carro foi se arrastando aos poucos. Se não tivesse esse engate ali, o carro tinha pego embalo e matado todos nós", relata.
Gilmara ficou presa nas ferragens da cama elástica e teve ferimentos nas duas pernas. Felizmente, Francisco Neto não se machucou pois o triciclo adaptado absorveu o impacto da batida, no entanto sua cadeira de rodas ficou completamente amassada.
"O que me deixa mais triste não é nem a situação que eu estou hoje, com as pernas ainda machucadas, mas sim o meu filho, que teve seu corpo quebrado, que é a sua cadeira de rodas. Porque, sem ela [a cadeira-triciclo], ele não tem condições de ir a lugar nenhum", afirma Gilmara Costa.
Faça uma doação solidária
Os interessados em ajudar a custear a cadeira de rodas especial, destinada a Francisco Edson podem transferir ou depositar os valores na conta bancária da Caixa Econômica Federal no nome de Gilmara Costa do Nascimento, agência 1987, operação 013, Conta Poupança 00053713-8.
Luta pelos direitos da pessoa com deficiência
Além de cuidar do filho em tempo integral, Gimara Costa ainda encontra energia para outras importantes atividades, ela é estudante de Direito e militante na luta pelos direitos da pessoa com deficiência (PCD) em Teresina no Piauí.
"Nós decidimos comprar esse triciclo, pois desde que o Neto nasceu, eu percebo- a indiferença e a discriminação que é muito grande em todos os lugares, em todos os sentidos. Devido à pandemia a moda é a pedalada de Teresina. Então assim, ele sempre teve vontade de estar no meio das pessoas, estar incluso. E nunca houve impedimento quanto a isso porque eu sempre procurei inseri-lo como uma pessoa normal", afirma Gilmara.
Como presidente da APIDI (Entidade que defende a igualdade de direitos), a mãe de Fransico Edson lutou pela inserção do Caminhão da Acessibilidade no Corso de Teresina, a maior festa popular da capital que consiste no desfile de carros ornamentados. Outras conquistas da Associação foram a inserção do Carnaval da Pessoa Com Deficiência, pela Prefeitura Municipal, e o Dia da Mulher com Deficiência.
A sede da APIDI, fundada em 2014, fica localizada no Centro Social Urbano (CSU) do bairro Parque Piauí, zona sul de Teresina. No entanto, por causa da pandemia, foi temporariamente levada para o ponto ao lado da casa de Gilmara, porque ela precisava de um espaço que tivesse estrutura para receber cestas básicas que são doadas para famílias atendidas pela Associação.
"Mas nós já estamos batalhando para retornar ao CSU porque lá nós temos um projeto e queremos levar adiante. Por exemplo, lá existe uma piscina que é a segunda piscina paralímpica de Teresina e a gente fica muito triste de ver um local daquele se acabando no meio da marginalidade. Nós, enquanto entidade, queremos trazer projetos e levar adiante. Com uma equipe boa, batalhando e fazendo parcerias, com certeza nós conseguiremos estabelecer tais projetos ali", declarou Gilmara.
Fonte: JTNEWS
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