Ministério Público faz operação contra novas lideranças do PCC em São Paulo; PCC que segue agindo...
O PCC segue agindo sorrateiramente, assim como foi para assassinar Alex Belarmino do SPF. Ao todo, a operação abrange 12 mandados de prisão e cerca de 40 de busca e apreensão no estado de São PauloO Ministério Público de São Paulo (MP) faz uma operação, desde o início da manhã hoje, contra suspeitos de terem assumido o controle do Primeiro Comando da Capital (PCC) desde que a alta cúpula da facção foi transferida para presídios federais, em fevereiro de 2019.
Ao todo, a operação abrange 12 mandados de prisão e cerca de 40 de busca e apreensão no estado de São Paulo. Até por volta de 9h30, um suspeito foi morto na Praia Grande, no litoral. Cinco foram presos.
De acordo com a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o atual comando seria composto por 21 pessoas. Entre os atuais chefes, alguns estariam vivendo foragidos no Paraguai, na Bolívia e no continente africano.
O MP paulista classifica a operação de hoje como a mais importante desde a que transferiu os líderes da facção para o sistema penitenciário federal.
Investigação aponta esquema de lavagem de dinheiro
Além das prisões, a operação visa desarticular um suposto esquema de lavagem de dinheiro feito por operação de câmbio informal no Paraguai e na Bolívia. Os investigadores estimam que a facção já movimenta cerca de R$ 100 milhões por ano.
Entre os alvos da operação, estaria o encarregado por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal líder da facção, de matar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que foi o responsável por pedir a saída da cúpula do grupo do estado.
Na semana passada, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) encaminhou ao MP paulista um relatório de inteligência dizendo que Marcola insiste no plano de matar Gakyia. Marcola teria ameaçado matar os criminosos que não conseguissem cumprir essa ordem.
A defesa de Marcola diz aguarda "conhecer o inquérito para defesa. Marco Willians está em absoluto isolamento, e todas as suas conversas são monitoradas e gravadas".
Comandada por oito promotores de Justiça de diferentes regiões do estado, entre eles Gakiya, a operação tem apoio de policiais militares da Rota.
Os presos e os objetos apreendidos na operação devem ser levados para a sede do Gaeco, na capital, e, depois, irem para a região de Presidente Prudente, no oeste do estado, onde estão as penitenciárias de segurança máxima que abrigam chefes do PCC.
Por ordem judicial, imagens da operação em andamento estão proibidas de serem divulgadas às imprensa. O MP pretende conceder uma coletiva de imprensa para dar mais detalhes, hoje à tarde.
Em 31 de agosto, as polícias Civil e Federal de Minas Gerais também fizeram uma megaoperação contra o PCC. A investigação mostrou, pela primeira vez, que o PCC se aproxima do modelo de atuação de máfias italianas.
O PCC já destruiu vidas e sonhos de policiais penais, e assim segue...
Na manhã de 2 de setembro de 2016, uma sexta-feira, o Agente de Execução Penal Federal, Alex Belarmino Almeida Silva, 36 anos, dirigia um Golf em direção ao presídio de segurança máxima de Catanduvas (PR), quando um Crossfox cinza, de placas clonadas, emparelhou e os seus integrantes o mataram covardemente com quase duas dezenas de tiros.
Não mataram uma pessoa, foram várias que morreram em uma só, pois Belarmino era um profissional de fibra, determinado, disposto sempre a multiplicar sua força, era sempre um sonhador [dedicava-se dia e noite pela melhor causa do Sistema Penitenciário: combater o crime em favor da sociedade], comprometido com a segurança pública, com a formação dos seus companheiros [não somente federais, mas indistintamente, pois formou muitos dos seus colegas em vários estados].
Frise-se que no Piauí ele (Belarmino) coordenou o curso de formação da geração de profissionais da Execução Penal em 2010, por meio do presídio de São Raimundo Nonato, o qual segue o exemplo disseminado pelos seus colegas e seus do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A ação foi tão rápida e covarde, que Belarmino, mesmo sendo um exímio atirador e instrutor operacional, não conseguiu acionar a pistola que a conduzia ao alcance das mãos. De 18 tiros disparados, nove o atingiram, nas costas, no braço, no rosto e duas vezes na cabeça.
Naquele momento já se presumia que sua morte fora encomendada pelo crime organizado, não demorou muito veio indícios fortes e consequentmente a prova de que realmente fora a Facção Criminosa PPC que mandara ceifar a vida de um profissional, pai de família e um ser humano sonhador, que foi sem dizer adeus, mas deixou exemplos que permanecem vivos entre os que lutam por uma sociedade livre das garras do crime organizado, seja os operacionais, sejam os que pensam e planejam um Sistema que possa exercitar a cidadania com a masestria que se almeja [agora com a tão sonhada Polícia Penal].
Não demorou muito e foi se juntando informações, inclusive, com uma carta interceptada em um presídio do interior paulista que revelara que um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) pediu um advogado à cúpula da facção, após confirmar o êxito da miserável e covarde missão de assassinar um dos simbolos de dignidade do Sistema Penitenciário brasileiro, que vive para sempre, agora eternizado como Policial Penal Federal, Alex Belarmino Almeida Silva.
Fonte: JTNEWS com informações do UOL Notícias
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