Ministro da Defesa, Braga Netto, diz que é preciso celebrar o golpe de 1964

Em decisão de 17 de março deste ano, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região concedeu ao Exército o direito de realizar comemorações alusivas ao golpe militar de 1964

O novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, disse nessa terça-feira (30/03) que é preciso celebrar o golpe de Estado de 1964 como um movimento que permitiu “pacificar o país”.

Foto: Pedro Ladeira/FolhapressMinistro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto
O general Walter Braga Netto

Segundo ele, em 1964, o Brasil enfrentava "uma ameaça real para a paz e a democracia". A declaração consta no texto "Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964", publicado no site do Ministério da Defesa.

"As Forças Armadas acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o país, enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos", escreveu Braga Netto.

Segundo o ministro, "o movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil" e, assim, "devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março".

Nesta quarta-feira (31/03), completam-se 57 anos desde que o Congresso Nacional depôs o então presidente João Goulart e uma junta militar assumiu o poder, dando início ao período de ditadura que perduraria por 20 anos no país, até 1985.

A data tem sido celebrada discretamente durante anos em quartéis e clubes militares. No do Rio de Janeiro, o mais emblemático, é tradição um almoço em homenagem à "revolução democrática". O evento teve de ser cancelado neste ano por causa da pandemia de COVID-19.

Em decisão de 17 de março deste ano, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) concedeu ao Exército o direito de realizar comemorações alusivas ao golpe militar de 1964.

A decisão foi uma vitória para o governo Bolsonaro, que pretende realizar atos relacionados à data. Em 2020, o Ministério da Defesa também publicou uma "Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964". O comunicado divulgado na época dizia que aquele dia era considerado um "marco para a democracia brasileira". 

Fonte: JTNEWS com informações do Poder360

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