OMS diz que efeitos da pandemia de COVID-19 serão sentidos "por décadas"
O Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) reforça a necessidade de continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundoO Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse nesse domingo (2) que a pandemia da COVID-19 poderá durar muito tempo. Com isso, reforça a necessidade de continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundo. Segundo dados oficiais da OMS, a doença já provocou 675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo.
O grupo de cientistas, que se reuniu por videoconferência, avaliou a evolução da pandemia, tendo em conta toda a informação científica que surgiu sobre o novo coronavírus nos últimos três meses, data da última reunião. O Comité é composto por 18 cientistas.
“A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ao Comité, segundo um comunicado da organização.
O etíope fez também um balanço do que tem acontecido, salientando que “muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão agora enfrentando novos surtos, outros que tinham sido menos afetados estão com aumentos de casos e de óbitos, enquanto países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los”.
Recomendações
Uma das principais recomendações que o Comitê de Emergência dirigiu à organização é a necessidade de continuar a apoiar os países com serviços médicos mais frágeis. Além disso, fala da importância de manter à todo vapor as pesquisas sobre tratamentos e vacinas para a COVID-19.
O objetivo é que, quando existir uma imunização, os países com menos recursos não fiquem de fora por incapacidade de as comprar. O Comitê defendeu que a distribuição de vacinas deve ser a mais equitativa possível.
Atualmente três potenciais vacinas (dos Estados Unidos, da Inglaterra e China) estão na fase 3 dos ensaios clínicos, para testar a sua segurança e eficácia. A OMS referiu a este propósito que poderá ser possível que uma vacina esteja pronta para comercialização “na primeira metade de 2021”.
Relativamente às viagens, o grupo indicou que os países devem tomar medidas proporcionais e aconselhar os cidadãos em função dos riscos, avaliando as suas informações de forma regular. Por outro lado, os cientistas recomendaram que os serviços de saúde sejam reforçados para permitir a identificação de novos casos e o rastreio de contatos.
Fonte: Poder360
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