Paraná que assinar acordo com Rússia para testar vacinas contra COVID-19 no estado
O governador, Ratinho Júnior (PSD), terá reunião por videoconferência com Kirill Dmitriev, presidente do fundo que financiou as pesquisas para a fabricação da vacinaO Governo do Paraná pretende assinar nesta quarta-feira (12) acordo com autoridades russas para permitir que a vacina contra a COVID-19, Sputnik V, seja testada no estado. O governador, Ratinho Júnior (PSD), terá reunião por videoconferência com Kirill Dmitriev, presidente do fundo que financiou as pesquisas para a fabricação da vacina.
Em entrevista à agência estatal russa Tass, o chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, afirmou que o objetivo do governo é assinar um acordo inicial agora para, já a partir da semana que vem, fazer uma solicitação técnica à Rússia para que o Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) possa conduzir os testes no Brasil.
Serão discutidos na reunião entre Ratinho e Dmitriev questões referentes à entrega das substâncias, ao acesso à tecnologia russa e à possibilidade de se produzir os antídotos no Brasil.
Para que os testes sejam realizados no Brasil, é necessário também o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência já aprovou testes de três substâncias no país: a da chinesa Sinovac, a da Universidade de Oxford e a desenvolvida em conjunto pela Pfizer (EUA) e BioNTech (Alemanha).
Segundo a Tass, uma vez autorizado a testar a Sputnik V, o governo do Paraná pretende que o Tecpar atue com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para permitir que os testes com a vacina ocorram em nível federal.
Vacina Sputink V
A vacina Sputnik V foi anunciada nesta terça-feira (11) pelo presidente russo, Vladimir Putin, que pretende iniciar a aplicação em larga escala no país já em outubro. O nome é uma homenagem ao satélite soviético. O país é o 1º do mundo a registrar uma vacina contra a COVID-19. O imunizante foi desenvolvido pelo Instituto Gamaleya de Moscou.
Putin disse que a vacina “funciona de forma bastante eficaz, forma uma imunidade estável”. Afirmou ainda que a substância “passou em todas as verificações necessárias”.
O presidente da Tecpar disse que eles foram procurados pelo Rússia e que, como instituto de tecnologia, devem estar “abertos, receptivos, para novas tecnologias”. Também afirmou que é importante “prudência, segurança e transparência dentro desse processo” e que “não existe compromisso de produção firmado enquanto as etapas não forem validadas, não forem consolidadas e não forem liberadas pela Anvisa”.
“Avançaremos se tivermos informações necessárias para tanto”, disse. “Caso contrário, não.”
A Sputnik V, no entanto, não chegou à última fase de testes, aquela em que a substância é aplicada em larga escala. As pesquisas do Instituto Gamaleya de Moscou foram realizadas com só 38 voluntários remunerados. Na última lista da OMS (Organização Mundial da Saúde), os russos estão na fase 1. Restaria a etapa de testagem em massa.
A entidade informou após o anúncio de Putin que não recomendará a vacina sem antes analisar os resultados dos testes clínicos.
Fonte: Poder360
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