PF indicia vereadora Tatiana Medeiros por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Além dela, também foi indiciado o namorado, Alandilson Cardoso, acusado de integrar o Bonde dos 40.

A Polícia Federal indiciou a vereadora do PSB, Tatiana Medeiros, pelos crimes de corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, peculato-desvio [rachadinha], lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa, no bojo da segunda da fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada em 03 de abril de 2025, em Teresina-PI, Timon-MA e no estado de Minas Gerais. O relatório do inquérito, assinado pelo delegado Daniel Araújo Alves, foi remetido ao Poder Judiciário no dia 11 de abril.

Foto: Reprodução / InstagramTatiana Medeiros
Tatiana Medeiros

A investigação da Polícia Federal foi iniciada em função da suspeita de compra de votos com dinheiro oriundo de organização criminosa (Bonde dos 40) para a eleição da vereadora Tatiana Medeiros, no processo eleitoral de outubro de 2024. O relatório da extração de dados compartilhado pela Polícia Civil do Piauí demonstrou indícios suficientes de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos da facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos da ONG Instituto Vamos Juntos, que era gerida pela parlamentar. 

Para operacionalização do esquema, a Polícia Federal identificou a figura do namorado da vereadora, Alandilson Cardoso Passos, apontado como a pessoa responsável por integrar o Bonde dos 40, que financiou a campanha vitoriosa da então candidata à época.

Foto: Divulgação/Polícia CivilAlandilson Cardoso
Alandilson Cardoso

No mesmo relatório, a Polícia Federal indiciou Alandilson Cardoso Passos pelos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, usura (agiotagem) e violação do sigilo do voto.

As investigações da Polícia Federal revelaram uma verdadeira teia criminosa, que envolvia, também, o padrasto da vereadora Tatiana Medeiros, Stênio Ferreira Santos, que era lotado na Secretaria de Estado da Saúde do Piauí e, também, atuava como assessor especial da Presidência da Câmara Municipal de Teresina, por indiciação de Tatiana Medeiros. No curso das investigações, a Polícia Federal identificou que Stênio Ferreira Santos atuou como operador financeiro do esquema, sendo constatadas várias transações em suas contas pessoais e, também, em contas de terceiros que ocupavam cargos públicos na Câmara Municipal de Teresina (assessoria parlamentar). Em razão disso, foi determinado o afastamento dele e de outros três assessores ligados à parlamentar.

Ao final do inquérito, a Polícia Federal também indiciou Stênio Ferreira Santos pelos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, usura, apropriação indébita, peculato-desvio (rachadinha) e violação do sigilo do voto.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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