Piauí investiga primeiro caso suspeito da varíola do macaco

De acordo com a Sesapi, a paciente teve contato com pessoas que residem em outro estado e desenvolveu alguns sintomas da doença, como febre, bolhas e dor de cabeça

Nessa quinta-feira (23/06), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) infou que o Piauí registrou um caso suspeito de monkeypox ou “varíola do macaco”. O órgão comunicou que a suspeita é investigada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs).

Foto: DivulgaçãoFoto ilustrativa mostra tubos de ensaio rotulados como "vírus da varíola dos macacos positivo e negativo"
Foto ilustrativa mostra tubos de ensaio rotulados como "vírus da varíola dos macacos positivo e negativo"

De acordo com a Sesapi, a paciente teve contato com pessoas que residem em outro estado e desenvolveu alguns sintomas da doença, que envolvem febre, bolhas, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

Monkeypox ou “varíola do macaco

A monkeypox ou “varíola do macaco” é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas, objetos recentemente contaminados ou mesmo através de grandes gotículas respiratórias. O período de incubação (data de contato com o vírus até o início dos sintomas) é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste deve ser realizado em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito. As amostras são direcionadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen).

De acordo com coordenadora do Cievs, Amélia Costa, as principais medidas de controle da doença são: o isolamento dos doentes, rastreamento e monitoramento dos contatos íntimos e familiares do paciente e a utilização de equipamentos de proteção individual pelos doentes e por parte dos profissionais de saúde ou cuidadores dos casos.

O Piauí já tem um plano de contingência para identificação, rastreio e atendimento aos casos. Em casos de internação a retaguarda para pacientes de alta complexidade (com presença de disfunção orgânica) será o Instituto Natan Portela.

Segundo o médico infectologista, José Noronha, apesar da monkeypox apresentar erupção semelhante ao da varíola tradicional, a transmissão de pessoa-a-pessoa é consideravelmente menor,  assim como a mortalidade. 

“A maioria dos pacientes tem doença leve e se recupera sem intervenção médica, outros que têm fatores de risco para desidratação ( náuseas, vômitos, disfagia) podem necessitar de uma curta internação hospitalar para hidratação intravenosa; já para o paciente gravemente doente, os cuidados de suporte são necessários até que o paciente se recupere da infecção”, destaca.

Fonte: JTNEWS com informações da Sesapi

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