"Podemos ter que vacinar contra COVID-19 todos os anos"; diz ministro da saúde
Marcelo Queiroga aposta em fábricas de vacinas veterinárias para que país seja autossuficiente em imunizantesO ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu em entrevista exclusiva à CNN que a pasta já trabalha com a possibilidade de precisar repetir anualmente a vacinação contra a COVID-19. O ministro afirmou que as fábricas de vacinas veterinárias são uma aposta do governo para que o país seja autossuficiente em imunizantes contra a doença.
![Marcelo Queiroga, ministro da Saúde](/media/image_bank/2021/3/marcelo-queiroga-ministro-da-saude.jpg)
"É possível que se torne uma endemia e que tenhamos que vacinar a população brasileira anualmente. Por isso, temos que fortalecer o nosso complexo industrial da saúde, para que tenhamos condição de produzir vacinas suficientes no Brasil. Não só o IFA nacional, mas também o banco de células", disse Queiroga, entrevistado pelo âncora William Waack e pela analista de Economia Raquel Landim.
De acordo com o ministro da Saúde, o governo se baseia em uma lei aprovada pelo Congresso que permitiu aos parques industriais que produzem vacinas contra doenças em animais possam iniciar a produção de imunizantes contra o novo Coronavírus.
Para Queiroga, a expertise do agronegócio brasileiro permitirá que essa produção ocorra em larga escala e o país se converta em "líder global". "Que nós possamos participar do Covax Facility [consórcio da OMS para a compra de vacinas] não para adquirir vacinas, mas para fornecer", afirmou o ministro.
Vacinação de adolescentes
De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, o Brasil mantém a meta de vacinar 100% das pessoas com 18 anos ou mais com ao menos uma dose de imunizante contra a COVID-19 até setembro deste ano. De forma complementar, que 50% dessa parcela da população esteja com o ciclo vacinal completo, seja com uma dose da Janssen ou com duas doses das demais vacinas.
É neste momento que o país espera iniciar a vacinação dos adolescentes. No primeiro momento, já está no horizonte a vacinação de quem tem entre 13 e 17 anos e possui comorbidades identificadas como grupo de risco. De acordo com a estimativa de Queiroga, são 4,5 milhões de jovens.
O ministro da Saúde afirmou que a pasta também vai incluir os jovens dessa faixa etária sem doenças pré-existentes, mas que isso só acontecerá em um segundo momento. Além da falta de doses, há um segundo fator limitante. Das vacinas em uso no Brasil, apenas o imunizante da Pfizer já tem autorização da Anvisa para aplicação em pessoas dessa faixa etária.
Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil
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