Promotor denuncia PM por matar mecânico durante confusão envolvendo o influencer Lokinho

A denúncia foi assinada pelo promotor Regis de Moraes Marinho, em 13 de janeiro deste ano.

O Ministério Público do Piauí ofereceu denúncia contra o subtenente da Polícia Militar do Piauí, Gildásio Lopes de Sousa, por crime de homicídio contra o mecânico Thiago Henrique Nascimento durante um tumulto que ocorreu, após o acidente envolvendo o influenciador Lokinho e seu namorado, no dia 06 de outubro de 2024, na BR 316, zona sul de Teresina. A denúncia foi assinada pelo promotor Regis Marinho, em 13 de janeiro deste ano.

Foto: Reprodução / Redes SociaisThiago Henrique Nascimento
Thiago Henrique Nascimento

Consta na denúncia, obtida pela Coluna, que logo após o acidente uma aglomeração de populares começou a se formar no local e, nesse momento, Gildásio Lopes de Sousa, que passava pelo local, ao observar a cena do acidente, decidiu parar para verificar a situação, descendo do veículo juntamente com seus acompanhantes.

Formou-se então um tumulto envolvendo diversas pessoas, incluindo a vítima Thiago Henrique Nascimento, que integrava a multidão que cercava a viatura dos bombeiros, onde Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa e Pedro Lopes Lima Neto, envolvidos no atropelamento, buscavam refúgio. A vítima, junto com outros indivíduos, tentou retirar os ocupantes da viatura com a intenção de agredi-los, conforme registrado em imagens captadas por populares e detalhadas em relatório policial anexado aos autos.

No intuito de resguardar a integridade física dos ocupantes da viatura dos bombeiros, que haviam acolhido os responsáveis pelo atropelamento fatal, o investigado foi alvo de agressões perpetradas pela vítima, Thiago Henrique Nascimento, integrante da multidão que buscava linchar os envolvidos.

Consta que a vítima teria agredido não apenas Gildásio, deferindo-lhe um chute, mas também a filha dele, que portava uma criança de colo, culminando na queda dela ao solo. Diante do contexto de tumulto, após se afastar momentaneamente, o policial sacou sua arma e, ao retornar com a pistola em punho, efetuou o disparo fatal contra Thiago, resultando em sua morte.

Promotor afirma que policial se excedeu ao atirar em mecânico
Embora a intervenção inicial de Gildásio tenha se configurado como legítima defesa de terceiros e posteriormente de sua própria integridade, “ele excedeu-se ao efetuar o disparo fatal contra Thiago Henrique Nascimento, que já havia cessado as agressões e tentava fugir, deste modo, não havia mais qualquer justificativa para sua conduta, sendo o disparo realizado de forma deliberada”, disse a promotoria no trecho da denúncia.

Promotor quer que PM seja condenado a pagar R$ 100 mil a herdeiros da vítima
No mesmo documento em que pede que a Justiça receba denúncia em desfavor do policial militar Gildásio Lopes de Sousa, o representando ministerial solicitou que fosse fixada sentença condenatória valor mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para reparação aos herdeiros da vítima, porquanto, impossível aferir o valor de uma vida.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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