Sara Winter, porta-voz dos "300 do Brasil", é presa pela PF em Brasília

O pedido de prisão saiu de inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos, sob relatoria do ministro Alexandre Moraes

A porta-voz do movimento 300 do Brasil Sara Winter foi presa em Brasília pela Polícia Federal na manhã desta segunda (15).

Foto: DivulgaçãoSara Winter, ativista e representante do grupo "300 do Brasil"
Sara Winter, representante do grupo "300 do Brasil"

O mandado de prisão foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Sara Winter é uma das investigadas no inquérito das fake news.

O pedido de prisão, no entanto, saiu de outro inquérito, do que apura a realização de atos antidemocráticos, também sob relatoria de Moraes. Há outras medidas em andamento.

Winter está entre os líderes do chamado movimento "Os 300 do Brasil", grupo armado de extrema direita formado por apoiadores de Jair Bolsonaro, que acampavam em Brasília.

Depois de ter sido alvo de busca e apreensão, no fim de maio, ela publicou um vídeo afirmando ter vontade de “trocar socos” com Moraes e prometendo infernizar a vida do ministro e persegui-lo.

Em seguida, no dia 31 de maio, Winter liderou um protesto em frente ao STF acompanhada de manifestantes usando máscaras e carregando tochas.

Neste sábado (13), o acampamento do movimento foi desmontado pelo governo do Distrito Federal. Winter pediu reação do presidente.

À tarde, liderados pela ativista, um grupo de 20 pessoas rompeu a área cercada no entorno do Congresso e invadiu a laje do prédio. Após ação da Polícia Legislativa, eles foram para o gramado em frente ao espelho d'água. Ela afirmou ainda que vai "acampar" no Congresso.

Em entrevista à Folha, no dia 12 de maio, Winter reconheceu que alguns membros do movimento estavam armados, embora tenha dito que as armas eram apenas para defesa do grupo e não para atividades de militância.​

Neste domingo (14), a Procuradoria-Geral da República instaurou uma investigação preliminar sobre o ato da noite de sábado em que manifestantes atiraram fogos de artifício em direção ao STF simulando um bombardeio.

A ação da PGR foi em resposta a um pedido do presidente da corte, Dias Toffoli.

Fonte: Folha de S. Paulo

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