Sílvio Mendes denuncia 'graves desvios de verba' na saúde de Teresina e cobra investigação da PF
As irregularidades teriam provocado rombos milionários nas contas da Prefeitura e não estariam relacionadas com o atual gestor da pasta, Ítalo Costa.O Prefeito eleito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), revelou que a equipe de transição teve acesso a denúncias de desvios milionários de verba na gestão da saúde na capital. Sem querer detalhar os valores e as origens do rombo, Silvio confirmou, em entrevista na manhã desta segunda (4), que as denúncias seriam graves e cobrou uma investigação da Polícia Federal.
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Informações de bastidores dão conta que as irregularidades foram constatadas a partir de uma auditoria da própria Fundação Municipal de Saúde, um invasor digital teria usado o sistema da saúde para pagar clínicas. As irregularidades teriam provocado rombos milionários nas contas da Prefeitura e não estariam relacionadas com o atual gestor da pasta, Ítalo Costa.
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde informou que o desvio de verbas foi constatado pela atual gestão por meio de uma auditoria. (Confira a nota completa ao final da matéria)
Silvio Mendes comentou a situação atual da transição e lamentou o grave quadro enfrentado. “O Charles é experiente, já passou pela Fundação Municipal, foi um grande gestor e topou o desafio para tentar resolver os problemas da assistência propriamente dita. E uma das questões básicas é o financiamento. Nessa transição tomamos conhecimento de uma coisa terrível e naturalmente a gestão municipal deverá tornar pública porque é muito grave, coisa que eu nunca vi, é desvio de dinheiro mesmo da saúde, quando está faltando praticamente tudo e é preciso que tenha responsabilidade, se trata de um direito básico de garantir o remédio, garantir a vaga, garantir o exame, garantir a consulta e são desafios” afirmou.

Silvio Mendes comentou ainda a reunião com Rafael Fonteles no Karnak. “A pauta foi a saúde, a segunda reunião agora com a equipe da Secretaria de Saúde do Estado e do município que vai cuidar da gestão da saúde. A questão da regulação de ofertas de serviços, de consultas e exames. Os diálogos foram feitos e a partir de agora é cuidar da questão da atenção básica, da atenção da média e alta complexidade. O HUT, que é um devorador de recursos públicos e atende o Estado inteiro, praticamente o atendimento da nossa Teresina é meio a meio com o interior do Estado, portanto, que a gente apoie soluções de gestão, de financiamento para poder melhorar o atendimento à população” finalizou.

A Fundação Municipal de Saúde encaminhou uma nota informando que o desvio de verbas foi constatado pela atual gestão por meio de uma auditoria interna que ainda está em andamento, e que o resultado será encaminhado ao Ministério Público.
Confira a nota na íntegra:
A presidência da FMS informa que sobre a notícia de desvio de verbas na gestão da saúde na Capital, informamos que se trata de apuração realizada pela atual gestão da FMS, em procedimento de auditoria interna. A realização de auditorias foi uma das metas adotadas e perseguidas pela atual gestão, buscando a aplicação da lei e, indiretamente, a redução das despesas e evasão das receitas. O procedimento que temos adotado é o de apuração interna em caráter sigiloso, e encaminhamento imediato ao ministério público, após a sua conclusão. Em razão disso, não podemos fornecer maiores detalhes sob pena de prejuízo à auditoria, ainda em curso.

Uma auditoria realizada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) constatou desorganização financeira e falta de planejamento nas gestões de 2023 e 2024 da Fundação Municipal de Saúde (FMS). O resultado da auditoria foi apresentado em maio pelo presidente do TCE, Kennedy Barros e a coordenadora da auditoria, Geysa Elane Sá.
A inspeção que durou dois meses constatou que a Fundação Municipal de Saúde não sabe o que está devendo e o valor de recursos que precisa para se manter. O relatório revela ainda que a Fundação não sabe para onde destinou os R$ 17 milhões recebidos de emendas parlamentares. O orçamento da Saúde é de R$ 1,6 bilhão e 54% dos recursos foram remanejados.
Fonte: JTNEWS com informações da Cidade verde
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