Tribunal que julga impeachment de Wilson Witzel ouvirá 29 testemunhas
A próxima sessão do processo de impeachment será realizada no dia 17 de dezembro, quando terá início a oitiva das testemunhas de acusaçãoO Tribunal Especial Misto (TEM) que julga o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, definiu nessa sexta-feira (4) uma lista de 29 testemunhas a serem ouvidas.

Também foi admitida a produção de provas documentais suplementares pela acusação e pela defesa. Os advogados de Witzel queriam ainda a produção de prova pericial contábil e de engenharia. O tribunal, no entanto, negou esse pedido por considerá-lo impertinente e irrelevante.
"Os pagamentos feitos são incontroversos, até porque oriundos de provas documentais e a regularidade dos mesmos é questão de mérito, não sendo definida através de prova pericial contábil", pontuou o desembargador Claudio de Mello Tavares, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e também do TEM.
Na quinta-feira (3), Witzel reiterou sua inocência nas redes sociais. "A aprovação das contas do meu governo mostra que estávamos no caminho certo. No primeiro ano de gestão, investimos no que a população mais precisava: segurança, educação e saúde", escreveu.
Witzel, que foi eleito governador do Rio de Janeiro em 2018, está afastado do cargo desde agosto desse ano por ordem monocrática do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão se deu no âmbito da Operação Tris in Idem, na qual o Ministério Público Federal (MPF) investigava o direcionamento de licitações e a cobrança de propina de fornecedoras do estado. O afastamento foi mantido posteriormente em decisão colegiada. O então vice-governador Cláudio Castro assumiu o cargo.
A apuração de possíveis irregularidades já havia vindo à tona em maio, com a deflagração da Operação Placebo, que incluiu mandado de busca e apreensão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense.
Entre as movimentações investigadas, está contratação da organização social Iabas para gerir os hospitais de campanha montados para atender pacientes da COVID-19. O MPF também colocou em sua mira a decisão de Witzel que anulou a desqualificação do Instituto Unir Saúde para firmar contratos com o poder público.
Em junho, o processo de impeachment foi instaurado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a partir de uma denúncia por crime de responsabilidade apresentada pelos deputados Luiz Paulo (sem partido) e Lucinha (PSDB). O relatório favorável ao impeachment foi aprovado pelos parlamentares em setembro, levando à criação do TEM, conforme determina a legislação.
Composto por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais, o TEM decidiu em novembro por receber a denúncia e dar prosseguimento ao processo de impeachment. Na mesma ocasião, foi dado prazo de dez dias para que Witzel deixasse o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense. Até a sentença final, seu salário fica reduzido a um terço.
Testemunhas
A próxima sessão do processo de impeachment será realizada no dia 17 de dezembro, quando terá início a oitiva das testemunhas de acusação. Entre elas estão o pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC; Edmar Santos, ex-secretário estadual de Saúde; e Gabriell Neves, ex-subsecretário. Os três estão presos.
Entre os nomes indicados pela defesa está o empresário Mário Peixoto, que também está preso. As investigações do MPF apontaram que o Instituto Unir Saúde tem ligação com o seu nome, o que ele nega. Além dos pedidos feitos pela defesa e pela acusação, outras dez testemunhas foram incluídas conforme deliberação do TEM, entre elas Helena Witzel, esposa do governador afastado.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil
Comentários
Últimas Notícias
-
Justiça Banco é condenado por fraude em empréstimo consignado; 9ª Vara Cível de Teresina verificou falha no contrato digital
-
Segurança Pública Polícia Militar do Piauí recupera carga roubada avaliada em R$ 3 milhões
-
Economia Prefeito Sílvio Mendes antecipa salário dos servidores municipais
-
Educação Governo do Piauí concederá reajuste global de 6,27% para todos os professores
-
Justiça Ministério Público do Piauí investiga advogado por exercício ilegal da profissão
Blogs e Colunas
Mais Lidas
-
Justiça Justiça determina promoção de sargento da PM-PI à Oficial após omissão do Estado
-
Geral Whindersson Nunes é internado em clínica psiquiátrica em São Paulo
-
Segurança Pública DHPP indicia acusado de matar e enterrar homem no quintal de casa em Teresina
-
Política Com apenas 1 mês de mandato como vereador, Eduardo Draga Alana já articula candidatura a deputado estadual
-
Segurança Pública Polícia Civil do Piauí desarticula fraude de R$ 7 milhões contra a rede de postos Ipiranga