Rômulo Plácido

Defensor Público Federal, Defensor Público Geral da União-DPU de 2009-2011, bacharelou-se em Direito pela UFPI em 1995. É conselheiro penitenciário do Piauí.
Defensor Público Federal, Defensor Público Geral da União-DPU de 2009-2011, bacharelou-se em Direito pela UFPI em 1995. É conselheiro penitenciário do Piauí.

O Didi Mocó da Política Piauiense; por Rômulo Plácido

"Dr. Pessoa nutriu e deu sobrevida a uma carcomida classe de políticos fisiológicos, como se estes conduzissem o povo como gado ao abatedouro"

Com seus olhos obscurecidos por uma ardente paixão por mudanças, os teresinenses cometeram o grande erro de eleger um bufão como Prefeito em 2020.

Foto: Jacinto Teles/JTNewsDr. Pessoa, pré-candidato a prefeito de Teresina (MDB)
O vetusto Dr. Pessoa, um veterano da política clientelista

Os eleitores do atual prefeito nutriam a esperança de uma gestão inovadora que rompesse com os vícios que contaminavam um esquema que já controlava a Prefeitura de Teresina há várias décadas, porém o que se observou foi o vetusto Dr. Pessoa, um veterano da política clientelista, reafirmar com extremado exagero os seus antigos vícios: promover políticos, familiares e apaniguados aos altos escalões da administração sem nenhuma preocupação com os graves problemas que afligem a Capital.

Os teresinenses acalentavam também o desejo de ao menos manter em funcionamento a razoável estrutura dos serviços públicos municipais sob a responsabilidade de técnicos relativamente capazes que foram a marca de administrações passadas, todavia, em uma nova gestão, as esperanças é que fossem interrompidos os sinais de exaustão representada pela desatualização das práticas administrativas, a acomodação pelo cansaço e a falta de inovação que há bastante tempo norteavam as ações do antigo grupo do PSDB.

Ao invés de prestigiar esse justo sentimento da população de Teresina, como por exemplo trazendo para a administração pública jovens técnicos de boa formação acadêmica, antenados com os novos tempos e bem mais competentes e atualizados que os anteriores para com isso fazer uma eficaz reciclagem da máquina pública e melhorar os serviços ofertados à população, o atabalhoado, caricato e desengonçado prefeito de Teresina cuidou apenas de transformar as suas aparições pessoais na mídia em espetáculos circenses de mau gosto, com acrobacias vexatórias e com visual cafona, além de um linguajar muitas vezes incompreensível e que representa um atentado grave à língua portuguesa.

Ademais, o Dr. Pessoa nutriu e deu sobrevida a uma carcomida classe de políticos fisiológicos, como se estes conduzissem o povo como gado ao abatedouro eleitoral!

A maioria dos políticos que ainda fingem seguir a sua liderança estão muito mais preocupados em garantir sinecuras, empregos, contratos e verbas públicas para pavimentar uma reeleição segura de vereador do que em contribuir com o Prefeito para uma gestão eficaz a frente de Teresina. Não há qualquer preocupação com a imagem e o sucesso eleitoral do prefeito em 2024!

Na medida em que se encurtam os dias que representam o seu tempo de mando na máquina pública de Teresina mais e mais o velho político irá experimentar o abandono daqueles políticos que lhe cercam sem que ele consiga conter a peregrinação destes em direção aos candidatos melhor pontuados nas pesquisas eleitorais.

A aventura do Didi Mocó da Política do Piauí chegará ao seu ocaso no ano vindouro, não lhe socorrendo as bizarrices no desempenho do cargo, pois, como estranho no ninho, o Dr. Pessoa se revelou apenas um bufão sem nenhuma graça, que entrou na política pela via do clientelismo na área da saúde, elegendo-se prefeito menos por mérito próprio e muito mais por uma conjuntura política de momento e que não deixará nenhum legado na sua passagem pelo honroso cargo de Prefeito de Teresina!

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