Na noite dessa quinta-feira (05), a Fundação Cultural Cristo Rei foi reinaugurada com uma especial novidade, qual seja, a instalação do seu Museu Dom Avelar Brandão Vilela, um sonho vivo do Pe. Pedro Maione (S.J.).
Um religioso [italiano, que tem 93 anos de idade, dos quais 74 dedicados ao sacerdócio, dezenas destes radicado em Teresina no Piauí]. Pe. Pedro viveu e vive para difundir e edificar a Palavra de Deus, por meio da solidariedade cristã.
A Fundação Cultural Cristo Rei (FCCR), foi criada por Pe. Pedro Biondan Maione desde 1971 e Ligya de Sousa Martins, ele, o primeiro pároco da Igreja do Cristo Rei em Teresina, e ela a primeira coordenadora dessa importante Fundação.
A FCCR, marcou a vida cultural, religiosa e social da comunidade, chegando a fomentar e difundir extraordinárias ações da sociedade do Cristo Rei, e sobretudo, com o apoio do grupo de jovens, que culminou com a fundação do Centro de Cultura Amoipirá.
A partir desse momento histórico houve o fortalecimento das ações culturais, literárias, teatrais, dentre várias outras, inclusive o incentivo a idiomas neolatinos.
A Fundação Cultural Cristo Rei, foi amplamente reformada com a instalação do Museu, por meio de ajuda do Instituto do Patrimônio Público e Cultural (IPHAN), que, destinou recursos oriundos de um ajuste de conduta da Empresa Queiroz Galvão, a qual havia impactado negativamente o Meio Ambiente no Município de Caldeirão Grande-PI.
O IPHAN participou de toda a sua reestruturação, bem como fez a adequação legal do Museu da Fundação como um órgão especializado de guarda de materiais, artes, históricos e arqueológicos de extraordinário valor histórico e cultural.
O Museu que tem um acervo invejável composto por mais de 14 mil moedas das mais diversas representações mundiais, mineralogia, fósseis, arqueologia, biblioteca, área de exposição para os vertígios retirados dos sítios arqueológicos de Cadeirão Grande no Piauí. E muito mais... que oportunamente o JT News vai fazer uma reportagem especial previamente agendada com a direção da Fundação.
O JT News conversou com a coordenadora do Museu, a sra. Mônica Mendes Rocha, e indagou dela algumas questões sobre o acesso ao local e outras mais.
JT News: Dra. Mônica qual a expectativa e qual a sensação de coordenar um Projeto tão fabuloso, tão importante do ponto de vista histórico e cultural como este?
Mônica: para mim é muito edificante poder participar e colaborar um pouco com esse projeto, um projeto lindo, um sonho iniciado por Pe. Pedro Maione e dona Lígia Martins que desde a década de setenta pensaram em oportunizar um espaço de irradiação da cultura para todos, principalmente jovens e crianças. É uma alegria muito grande para todos nós aqui da Fundação Cultural.
JT News: Como vai ser o acesso das pessoas ao acervo do Museu?
Mônica: Por meio de trabalho voluntário vai existir pessoal com conhecimento técnico na área museológica para orientação aos visitantes, bem como difundir a existência desse espaço privilegiado à população.
JT News: Foi estabelecida alguma taxa para ajudar na manutenção do Museu?
Mônica: Será cobrado uma taxa de manutenção de R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia para estudantes).
JT News: Quais os dias da semana que o Espaço Cultural vai estar disponível para visitação?
Mônica: O Museu funcionará de terça à sexta-feira das 9h às 17h e, no sábado, das 9h às 12h.
JT News: Qual o significado do Pe. Pedro Maione para a edificação desse Monumento histórico cultural?
Mônica: Pe. Pedro Maione, teve um sonho em oportunizar a todos, de um modo especial, jovens e adolescentes, um espaço para estudo, pesquisa, focando na formação integral da pessoa humana. Ele é, inegavelmente, a alma de todo esse trabalho.
Pedro Biordan Maione (S.J.): Um sonhador e realizador, uma vida dedicada à oração e à solidariedade humana
Há alguns meses, eu tive o privilégio de entrevistar o Pe. Pedro Biordan Maione (S.J.), aqui em Teresina, estava prestes a ser transferido para Fortaleza no Ceará, onde hoje mora em uma Casa Especial dos Jesuítas, destinada aos membros da Congregação Jesuítica já em condições de repouso, da qual faz parte.
Pe. Pedro continua bastante lúcido, não obstante, a idade de 93 anos e ter acometido-se de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele ama Teresina [não foi fácil sua transferência para capital cearense], entretanto, como ele mesmo diz: "Com sinceridade, Teresina é a minha segunda cidade de nascimento, mas, tenho que ir, pois devo obediência hierárquica aos meus superiores".
Aqui antecipo um pouco das palavras proferidas por Pe. Pedro Maione, acerca do Museu, que, agora ele comemora com todo o vigor a sua inauguração. Oportunamente o JT News trará a entrevista especial com Pe. Pedro Maione.
Jacinto Teles: Aqui no Piauí, Pe. Pedro, o que mais marcou sua missão sacerdotal?
Pe. Pedro: Com sinceridade, aqui é minha segunda cidade de nascimento, e quero muito bem, em particular a Teresina, desde o começo fiquei impressionado. Já estive em várias cidades do Brasil. sempre em todo lugar e me encontrei muito bem, mas como aqui não.
Jacinto Teles: Aqui o senhor teve uma atuação muito marcante, sobretudo na Igreja do Cristo Reio, foi o primeiro pároco?
Pe. Pedro: Sim fui o primeiro Pároco de lá, o Bispo era Dom Avelar Brandão Vilela, era meu muito amigo, criamos a Fundação Cultural Cristo Rei.
Jacinto Teles: E sobre a história do Museu? Me conta um pouco...
Pe. Pedro: O Museu, agora estamos trabalhando pelo IPHAN [não sei como foi, como eles estão fazendo, mas é de forma legal]. O Museu não é só "museu", tem outras coisas. O Museu é como no Rio e São Paulo, é algo maravilhoso; pense em mais de 16 mil moedas, algumas são de dois mil anos antes de Cristo, imagine o valor de tudo isso historicamente.
Fonte: JT News