CPI dos Atos Antidemocráticos aprova convocação de Klepter Rosa, comandante da PMDF

Ele será ouvido no dia 29 de junho, de acordo com o calendário atual da CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa aprovou, nesta quinta-feira (04/5), a convocação do coronel Klepter Rosa Gonçalves, comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal. Ele será ouvido no dia 29 de junho, de acordo com o calendário atual da CPI, que pode sofrer alterações.

Foto: Reprodução/ Revista OesteInvasão de 8 de janeiro aos três poderes
Invasão de 8 de janeiro aos três poderes

Antes subcomandante-geral da PMDF, Klepter assumiu o cargo após o ex-interventor federal da segurança pública na capital, Ricardo Cappelli, exonerar o coronel Fábio Augusto Vieira. A movimentação ocorreu depois dos ataques terroristas cometidos por bolsonaristas contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

A Comissão ouve nesta quinta o empresário Adauto Lucio de Mesquita, bolsonarista apontado como financiador de atos antidemocráticos no Distrito Federal. A CPI investiga os atentados contra o resultado das urnas e vai questionar Adauto sobre a participação dele e de outros personagens na tentativa de golpe.

Um relatório da Polícia Civil aponta que Adauto “não somente financiou atos antidemocráticos como também participou efetivamente das manifestações em favor de intervenção militar”. Dono da rede Melhor Atacadista, o empresário também doou para a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

Em um dos protestos a favor de Bolsonaro e contra o resultado das urnas, ele chegou a dizer que a Polícia Militar estava “ajudando”.

“Chegando aqui no nosso local de evento. Já estamos abrindo as asas. Polícia Militar nos auxiliando aqui, galera chapa quente, fechou a via preparando pro trio chegar lá. Vai arrasar! Polícia Militar ajudando a gente. É hoje!”, comemorava.

Natural de Unaí (MG), o empresário tem 55 anos, mora em Águas Claras e tem mercados espalhados por Brasília, além de propriedades rurais em Goiás. Uma denúncia obtida pela Polícia Civil aponta que Adauto teria criado um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro para o aluguel de lonas aos acampados em frente ao Quartel-General, além de ser o patrocinador de vários outdoors colocados no DF durante a campanha eleitoral em apoio a Bolsonaro.

Fonte: JTNEWS com informações do Metropoles

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