Estudo preliminar aponta que Coronavac é segura e cria anticorpos em crianças

Imunizante provoca reações imunológicas em pessoas de 3 a 17 anos, de acordo com resultados preliminares de testes iniciais a intermediários

A Coronavac, vacina contra a COVID-19 da Sinovac Biotech, parece ser segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes, de acordo com resultados preliminares de testes iniciais a intermediários, disse a empresa nessa segunda-feira (22/03).

Foto: Antônio Molina/Estadão ConteúdoVacina CoroNavac já aprovada pela ANVISA
Vacina CoroNavac

Os dados preliminares são de testes clínicos iniciais a intermediários com mais de 500 crianças e adolescentes entre as idades de 3 e 17 anos que receberam duas doses médias ou baixas da vacina ou um placebo. A maioria das reações adversas foi branda, disse Zeng Gang, um pesquisador da empresa, em uma conferência acadêmica em Pequim.

Segundo relatos, duas crianças que receberam a dose menor tiveram febre alta e foram categorizadas como grau 3, disse ele, sem dar detalhes ou especificar as temperaturas. Os níveis de anticorpos desencadeados pela vacina Coronavac da Sinovac foram maiores do que aqueles vistos em adultos de 18 a 59 anos e em pessoas idosas em testes clínicos anteriores, disse Zeng na apresentação.

Para crianças de 3 a 11 anos, a dose menor conseguiu induzir reações de anticorpos favoráveis, e a dose média funcionou bem nos jovens de 12 a 17 anos, disse o especialista. Os dados preliminares ainda não foram publicados em um periódico científico analisado pela comunidade internacional.

Os testes de estágio avançado da Sinovac no exterior, que testam a capacidade da vacina para impedir a COVID-19, ainda não incluíram menores de idade. A empresa também está testando uma terceira dose como mais um reforço em ensaio clínico na China, com os participantes recebendo uma terceira dose cerca de oito meses após receberem a segunda.

A Sinovac já forneceu 160 milhões de doses de vacina a 18 países e regiões, incluindo a própria China, e mais de 70 milhões de doses já foram aplicadas.

Fonte: Estadão Conteúdo

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