Pai da adolescente que atirou em ex-namorado afirma: "Ela sofre de ansiedade e está muito arrependida"

O diretor do HUT, Élio Rodrigues, informou que João Lucas passou por tomografia e foi encaminhado para avaliação neurológica, com possibilidade de cirurgia, já que o tiro atingiu a região da boca.

Na manhã desta quarta-feira (04), um grave incidente ocorreu no Colégio CPI, localizado no Centro de Teresina, quando uma aluna de 17 anos, identificada como L.M.G., disparou contra a cabeça de seu ex-namorado, João Lucas Campelo, de 16 anos. O ataque aconteceu no refeitório da escola, nas proximidades da cantina, durante um momento em que apenas os dois estudantes e dois funcionários estavam presentes.

Foto: Reprodução / GP1Colégio CPI
Colégio CPI

O delegado Tales Gomes, que está à frente da investigação, revelou que o disparo foi efetuado com uma pistola 9mm, que a jovem aparentemente levou para a escola sem ser detectada. Além da arma de fogo, uma faca do tipo peixeira foi apreendida na mochila da aluna. Segundo o delegado, a vítima foi atingida na região frontal da cabeça, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi rapidamente acionado, encaminhando João Lucas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde ele segue em estado grave.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Tales Gomes
Delegado Tales Gomes

A suspeita inicial é de que o crime tenha sido motivado por uma briga emocional entre os dois. Testemunhas relataram que o relacionamento do casal havia chegado ao fim recentemente e que a jovem não aceitava o término. Após o disparo, a aluna entregou a arma a uma funcionária da escola e deixou o local, dirigindo-se a uma farmácia nas proximidades, onde confessou o crime e solicitou que chamassem a polícia.

A jovem, que é filha do sargento da Polícia Militar do Piauí, Leonardo Rodrigues Lopes, se entregou posteriormente no 25º Batalhão de Caçadores (25 BC), onde foi acompanhada por seus pais, antes de ser levada à Central de Flagrantes. O sargento confirmou que a arma usada no crime era de sua propriedade, guardada em um armário fechado, mas lamentou não saber como sua filha conseguiu acessá-la.

O pai da adolescente, em entrevista à imprensa, relatou que a filha já fazia tratamento psicológico devido a problemas de ansiedade e que, na véspera do crime, havia expressado sua tristeza com o fim do relacionamento. "Ela disse que não queria machucar o rapaz. Está muito arrependida do que fez", afirmou o militar.

O diretor do HUT, Élio Rodrigues, informou que João Lucas passou por tomografia e foi encaminhado para avaliação neurológica, com possibilidade de cirurgia, já que o tiro atingiu a região da boca. Ele ressaltou que o atendimento ao paciente está sendo intensamente acompanhado.

O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que agora apura as circunstâncias do disparo, a motivação do crime e como a arma foi levada para dentro da instituição escolar.

Fonte: JTNEWS

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