Sindicato dos Policiais Penais de Tocantins repudia ‘sensacionalismo’ em reportagens sobre morte de Briner Bitencourt

De acordo com o Sindicato, a imprensa vem noticiando a morte do jovem sem esclarecer a verdade dos fatos

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Tocantins (SINDIPPEN-TO), divulgou nota de esclarecimento em suas redes sociais, em que repudia a ‘forma sensacionalista’ como setores da imprensa vem divulgando a morte do jovem Briner de Cesar Bitencourt, de 22 anos, após o policial penal Thiago Oliveira Sabino de Lima ser promovido a um cargo de chefia na última terça-feira (08/11).

Foto: Reprodução/TV AnhangueraCasa de Prisão Provisória de Palmas
Casa de Prisão Provisória de Palmas

Thiago Oliveira era o responsável pela Unidade Penal de Palmas (UPP) e deixou o cargo uma semana após Briner de Cesar Bitencourt passar mal e morrer dentro do presídio.

De acordo com o Sindicato, a imprensa vem noticiando a morte do jovem sem esclarecer a verdade dos fatos. “Todos os atendimentos referentes a assistência de saúde e segurança dentro da Casa de Prisão Provisória - CPP de Palmas, foram prestadas em tempo hábil, sem falhas”, diz a nota.

“Se ocorreram falhas no sistema judicial que levou a condenação de um inocente, estas não são noticiadas e não guardam relação com as atribuições de nenhum integrante da categoria, e não podem recair sob a responsabilidade dos Policiais Penais, muito menos do ex-diretor da CPP de Palmas, com a mesma intensidade que vem sendo direcionada”.

O laudo da morte de Briner foi concluído pela Polícia Científica, apontando que o jovem teve diversos problemas pulmonares que levaram ao óbito. Segundo o documento, Briner teve tromboembolismo pulmonar, infarto pulmonar, Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) e pneumonia bacteriana.

“A forma como a imprensa trata o caso precipita o julgamento dos fatos, antecipando juízo e apontando culpados. Não temos relação alguma com o processo criminal que o levou a privação da liberdade, ou mesmo ainda possíveis falhas do atendimento médico ou falta na realização de exames nos serviços de pronto atendimento municipal”, diz trecho da nota do SINDIPPEN-TO.

Prisão

Briner foi preso após uma operação da Polícia Militar, em 12 de outubro de 2021. Duas pessoas que moravam no mesmo imóvel que ele, mas em uma parte separada, escondiam em uma parede falsa 88 pés de maconha e 10,8 kg da droga em tabletes.

O jovem trabalhava como motoboy antes de ser preso. Acusado de tráfico de drogas, tentou, durante os 12 meses, provar a inocência. Na última segunda-feira (10/10) ele foi, finalmente, absolvido pela Justiça, mas morreu às 4h30, horas antes de ser solto.

Nota na íntegra:

“O SINDICATO DOS POLICIAIS PENAIS DO ESTADO TOCANTINS (SINDIPPEN-TO), esclarece publicamente que repudia a forma sensacionalista como a imprensa (G1 Noticias) vem usando a morte do jovem, Briner de Cesar Bitencourt, de 22 anos, sem esclarecer à sociedade a verdade dos fatos. É importante demonstrar as atribuições e responsabilidades que cabem a cada ator envolvido, pois todos os atendimentos referentes a assistência de saúde e segurança dentro da Casa de Prisão Provisória - CPP de Palmas, foram prestadas em tempo hábil, sem falhas, conforme constatado pelos diversos encaminhamentos e atendimentos prestados dentro da CPP, pela equipe de saúde da empresa responsável (serviço terceirizado), não podemos apontar falhas de outros atores envolvidos no caso.

A forma como a imprensa trata o caso precipita o julgamento dos fatos, antecipando juízo e apontando culpados. Não temos relação alguma com o processo criminal que o levou a privação da liberdade, ou mesmo ainda possíveis falhas do atendimento médico ou falta na realização de exames nos serviços de pronto atendimento municipal.

De acordo com o Laudo Pericial, a morte foi causada por diversos problemas pulmonares. Segundo o documento, Briner teve tromboembolismo pulmonar, infarto pulmonar, Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) e pneumonia bacteriana. No mais, a CPP de Palmas conta com uma farmácia e equipe médica de saúde e as medicações prescritas pela equipe médica são repassadas diariamente.

Por isso, se ocorreram falhas no sistema judicial que levou a condenação de um inocente, estas não são noticiadas e não guardam relação com as atribuições de nenhum integrante da categoria, e não podem recair sob a responsabilidade dos Policiais Penais, muito menos do ex-diretor da CPP de Palmas, com a mesma intensidade que vem sendo direcionada.

É injusto vermos a veiculação de matérias jornalísticas sensacionalistas, que aparentam levar o problema para o lado pessoal, certamente demonstrando parcialidade da emissora, que tem como finalidade informar a sociedade, no entanto, tem-se a impressão de um linchamento”.

Fonte: JTNEWS

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