Sistema da PF que vai reunir informações criminais de todo o país custará R$ 90 milhões

Na quinta-feira (30), o conselho gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública precisa analisar e aprovar a proposta, já que vai custear a implementação do sistema

O Ministério da Justiça quer aprovar nesta semana um projeto da Polícia Federal que vai reunir em um só lugar informações criminais de todo o país. Atualmente, 27 bancos de dados estão em poder dos estados e não se comunicam. Apenas alguns deles estão interligados com o da PF, o que dificulta o trabalho de identificação de autorias de crimes.

Foto: Renato Costa/FolhapressMovimentação na sede da Policia Federal, em Brasilia
Movimentação na sede da Policia Federal, em Brasilia

A proposta que está na mesa custará cerca de R$ 90 milhões aos cofres públicos, que devem ser custeados pelo Fundo Nacional de Segurança Pública.

Atualmente a PF trabalha com uma base que conta com cerca de 23 milhões de pessoas cadastradas (alimentada por passaportes, crimes, registros de armas etc). O novo sistema permite chegar até 200 milhões, ou seja, toda a população brasileira.

Chamado Abis (Automated Biometric Identification System), o projeto foi levado pela Polícia Federal à Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), do Ministério da Justiça, que encampou a ideia. Nesta terça-feira (28), haverá uma apresentação aos secretários estaduais. O ministro André Mendonça deve participar.

Na quinta-feira (30), o conselho gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública precisa analisar e aprovar a proposta, já que vai custear a implementação do sistema. Depois, o processo vai para Mendonça, que precisa homologar a decisão do órgão.

A ideia de integração de bancos de dados tem pelo menos dez anos, mas nunca saiu do papel. Desta vez vai ser diferente, afirma o presidente do colégio de secretários estaduais, Cristiano Sampaio. O engajamento dos órgãos deu peso para o projeto, segundo ele.

Fonte: Folha de S. Paulo

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