Vereador propõe alteração do nome da Avenida Marechal Castelo Branco para Firmino Filho

A iniciativa visa substituir a homenagem ao marechal, um personagem da ditadura militar, por uma referência ao ex-prefeito Firmino Filho, que é reconhecido por sua atuação na defesa da democracia

O vereador João Pereira (PT) protocolou, na última sexta-feira (21), um projeto de lei que propõe a mudança do nome da Avenida Marechal Castelo Branco, localizada na zona norte de Teresina, para Avenida Firmino Filho. A iniciativa visa substituir a homenagem ao marechal, um personagem da ditadura militar, por uma referência ao ex-prefeito Firmino Filho, que é reconhecido por sua atuação no desenvolvimento da cidade e pela defesa da democracia.

Foto: Reprodução / GP1João Pereira (PT)
João Pereira (PT)

A justificativa apresentada por Pereira para a mudança enfatiza que é problemático que uma via tão importante da capital piauiense, que abriga a Assembleia Legislativa do Piauí e a Câmara Municipal de Teresina, ainda leve o nome de um político associado a um período de repressão. "Marechal Castelo Branco foi uma figura central na ditadura militar, e seu governo foi marcado por casos de censura, tortura e assassinatos de opositores, conforme reconhecido pela Comissão Nacional da Verdade", argumentou o vereador.

Foto: Prefeitura de TeresinaPrefeito Firmino Filho.
Ex-prefeito Firmino Filho.

Em contrapartida, Pereira destaca a figura de Firmino Filho, ressaltando que o ex-prefeito "foi um grande democrata, prezando pela preservação do Estado Democrático de Direito durante sua gestão", além de ter sido fundamental para o progresso político e social da cidade.

Caso o projeto seja aprovado, a proposta estabelece que a mudança de nome deverá ser implementada no prazo de 90 dias, com a substituição das placas indicativas e a comunicação aos Correios e às concessionárias de serviços públicos. Além disso, o projeto define que, no futuro, outras renomeações de logradouros públicos deverão priorizar homenagens a personalidades que se destacaram na defesa da democracia, datas históricas relacionadas à luta pela liberdade e igualdade, e a valorização da diversidade cultural, racial e de gênero.

Para que a alteração seja efetivada, o projeto precisa da aprovação da maioria simples dos vereadores presentes em plenário.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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