Desemprego cai a 6,6% no trimestre terminado em agosto, menor nível desde 2012
População ocupada bate recorde ao passar dos 102,5 milhões. Essa foi a menor taxa de desemprego para o mês de agosto em toda a série histórica da PNAD, iniciada há 12 anos.A taxa de desemprego no Brasil registrou 6,6% no trimestre encerrado em agosto, apresentando uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de março a maio de 2024 (7,1%), e uma redução de 1,2 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2023 (7,8%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27 de setembro. Este índice representa a menor taxa de desocupação para o mês de agosto desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012.
A população desocupada também diminuiu, totalizando 7,3 milhões de pessoas, o menor número desde o primeiro trimestre de 2015. Essa redução representa uma queda significativa de 6,5% em relação ao trimestre anterior e uma redução ainda mais expressiva de 13,4% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, totalizando 1,1 milhão de pessoas a menos em busca de trabalho.
Outro dado positivo é o recorde na taxa de população ocupada, que alcançou 102,5 milhões, apresentando um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,9% no comparativo anual. O nível de ocupação, que indica a porcentagem de pessoas ocupadas entre a população em idade de trabalhar, subiu para 58,1%, refletindo um aumento tanto em relação ao trimestre anterior (57,6%) quanto ao mesmo período de 2023 (57,0%). Este é o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em agosto desde 2013.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, comentou que "a baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos ao de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar."
A PNAD Contínua também revelou recordes no número de trabalhadores com e sem carteira assinada. O total de empregados no setor privado com carteira assinada chegou a 38,6 milhões, um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% comparado ao ano passado. Por outro lado, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado alcançou 14,2 milhões, registrando um crescimento de 4,1% no trimestre e 7,9% no comparativo anual.
A força de trabalho, que inclui tanto pessoas ocupadas quanto desocupadas, atingiu 109,8 milhões de pessoas, com um crescimento de 0,6% em relação ao trimestre anterior e de 1,6% no ano. No entanto, a taxa de subutilização da força de trabalho, que considera os desocupados e aqueles que gostariam de trabalhar mais, permaneceu em tendência de baixa, com 18,5 milhões de pessoas subutilizadas, resultando em uma taxa de 16%.
A população desalentada também apresentou queda, atingindo 3,1 milhões, o menor número desde maio de 2016. Em relação aos rendimentos, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.228, sem variação significativa em comparação ao trimestre anterior, mas com um aumento de 5,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Esses dados sugerem uma recuperação gradual do mercado de trabalho brasileiro, impulsionada pela demanda por trabalhadores em diferentes setores da economia.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Gov
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